Desde quinta-feira, a reação dos belgas misturava orgulho com temor sobre a escolha de Herman Van Rompuy para primeiro presidente da União Europeia, por causa do risco de instabilidade após sua saída do cargo de primeiro-ministro.

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Van Rompuy liderou a Bélgica, que é dividida linguisticamente, de forma conciliadora por quase um ano, em forte contraste com os 18 meses tumultuados sob o comando de seu antecessor Yves Leterme, o homem que provavelmente será o próximo premiê belga.

"Há um novo elemento de fragilidade. Leterme não goza da mesma confiança que Van Rompuy entre os que falam francês", disse Pascal Delwit, professor de política na Universidade Livre de Bruxelas.

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O rei Albert conversou ontem com Van Rompuy, que assumirá o novo cargo no início de janeiro, e depois começou a receber chefes de vários partidos para determinar o futuro do governo. Especialistas constitucionais discutem se Van Rompuy deveria simplesmente renunciar como qualquer outro ministro, ou se sua saída significaria o fim de seu governo, uma perspectiva capaz de causar disputas sobre os demais cargos e políticas nacionais.

A Bélgica, como qualquer outro país, não pode arcar com uma paralisia política num momento de crise econômica, quando decisões rápidas podem ser necessárias.