O presidente da Síria, Bashar al Assad, afirmou que deixaria a chefia de Estado se isso contribuísse para melhorar a situação no país, mas disse não pensar em fazê-lo no meio do atual conflito armado.
"Se abandonar meu cargo contribuísse para melhorar a situação, não teria nenhum escrúpulo, mas agora devo seguir em meu posto", disse Assad em entrevista concedida ao canal de televisão italiano "Rainews24", e divulgada neste domingo (29).
"No meio de uma tempestade não se abandona o navio; minha missão é levá-lo ao porto, não abandoná-lo", argumentou Assad na primeira entrevista concedida a um veículo estrangeiro após a resolução do Conselho de Segurança da ONU sobre o desmantelamento do arsenal químico da Síria.
Oposição armada
O líder sírio insistiu que não foi seu exército, mas a oposição armada que usou armas químicas contra civis no ataque de 21 de agosto.
Também confirmou a disposição de pôr seu arsenal químico sob controle internacional, como exige a ONU a partir da iniciativa articulada entre Rússia e Estados Unidos, mas se mostrou receoso sobre "problemas técnicos" para realizar este processo por causa da presença no país de "terroristas", em referência à oposição armada.
Negociações
Apesar da crítica velada, Assad se mostrou disposto a entabular negociações com a oposição na esperada conferência de paz Genebra II, mas somente caso os rebeldes "renunciem às armas".
Segundo ele, se estão armados, "não são oposição, são terroristas", disse. "Não podemos discutir com terroristas, com a Al Qaeda e seus filiados", enfatizou.
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