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O jornal israelense "Haaretz" informou hoje que o ditador da Síria, Bashar Assad, avalia pedir asilo político a países da América Latina que são aliados do regime, caso saia de Damasco.

Em sua última entrevista, em 8 de novembro, o dirigente disse que continuaria na Síria até morrer. No entanto, a publicação israelense afirma que o vice-chanceler, Faissal al Miqdad, fez reuniões em Cuba, na Venezuela e no Equador na semana passada.

Nos encontros com as autoridades locais, ele entregou cartas pessoais de Assad aos mandatários locais -Raúl Castro, Hugo Chávez e Rafael Correa.

Segundo fontes ouvidas pelo "Haaretz", Chávez recebeu a carta pouco antes de viajar a Cuba para tratamento contra o câncer e foi abordada a boa relação pessoal entre ele e Assad.

O embaixador sírio em Caracas, Ghassan Abbas, confirmou a reunião do vice-chanceler com o governo venezuelano, mas não deu detalhes sobre o conteúdo da carta.

Questionado sobre o tema, o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que não seria favorável a um acordo de asilo político para Assad como forma de acabar com os confrontos no país, que deixaram mais de 40 mil mortos em 20 meses."Qualquer um que cometa uma grande violação de direitos humanos deve ser processado e trazido à Justiça. Este é um princípio fundamental".

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Pertencentes à Alba (Alternativa Bolivariana para as Américas), os três países possuem fortes relações com a Síria, especialmente o governo venezuelano.Caracas apoia abertamente Assad e manteve o envio de combustível ao regime, usado especialmente para a locomoção de veículos militares usados na repressão aos rebeldes. Em algumas ocasiões, Chávez chegou a chamar os opositores de terroristas, assim como o ditador.

A posição dos três países na ONU (Organização das Nações Unidas) foi favorável ao ditador na votação de resoluções contra a violência. Na última, em outubro, Cuba e Venezuela foram contrários ao documento, enquanto o Equador se absteve.

O Equador ainda abriga outra figura controversa, o fundador do WikiLeaks, Julian Assange, que está abrigado na embaixada do país em Londres desde junho e recebeu asilo diplomático em agosto.

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