Seis pontos
O que prevê o plano elaborado por Kofi Annan e aceito pela Síria:
Um Estabelecer um processo político liderado pelos sírios para responder às aspirações do povo sírio
Dois Cessar, com a supervisão da ONU, a violência em todas as suas formas, de todas as partes, para proteger os civis
Três Assegurar a prestação de ajuda humanitária a todas as áreas atingidas pelos combates
Quatro Intensificar o ritmo e a escala de libertação das pessoas detidas arbitrariamente
Cinco Garantir liberdade de circulação para jornalistas em todo o país
Seis Respeitar a liberdade de associação e o direito de se manifestar pacificamente
Fonte: Folhapress
O governo da Síria aceita o plano de cessar-fogo apresentado pelas Nações Unidas, disse ontem o enviado especial para o país, Kofi Annan.
O chamado "plano de seis pontos" inclui o envio de observadores da Organização das Nações Unidas (ONU) para supervisionar o cessar-fogo.
Em visita à China, onde recebeu apoio ao plano, Annan disse que recebera por carta a resposta positiva e exortou a Síria a "cumprir seus compromissos imediatamente".
Esse vai ser o verdadeiro teste do plano de Annan, depois que outras promessas de cessar a repressão não foram cumpridas pelo ditador Bashar Assad em um ano de revolta contra seu regime.
Ontem mesmo, segundo ativistas, 31 pessoas foram mortas pelas forças de segurança dele.
China e Rússia, que vetaram duas condenações ao regime sírio no Conselho de Segurança, deram aval ao plano do ex-secretário-geral da ONU.
O presidente russo, Dmitri Medvedev, chegou a dizer que é a última chance de evitar guerra civil no país.
Além do cessar-fogo imediato e do envio de observadores da ONU, a proposta inclui outros cinco pontos.
Reunida na Turquia, a desunida oposição síria reagiu entre o otimismo cauteloso e a total descrença em Assad.
Bassma Kodmani, dirigente do principal grupo de oposição, o CNS (Conselho Nacional Sírio), disse que um cessar-fogo é bem-vindo, mas que a prioridade é a mudança de regime que, aliás, não está no plano de Annan.
"Continuamos a dizer a Assad que renuncie", disse Kodmani à rede de tevê Al Jazeera.
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