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Após forças rebeldes derrubarem o regime da família Assad que perdurou por mais de cinco décadas na Síria, o presidente deposto, Bashar Al-Saad deixou o país neste domingo e desapareceu. Em meio a especulações sobre seu paradeiro, alguns fatos são conhecidos.
A última aparição pública de Bashar ocorreu há uma semana, e foi quando os insurgentes tomaram o norte de Aleppo e deram início a escalada da mais recente revolução contra seu governo.
Segundo a agência de notícias Reuters, dois oficiais do alto escalão do exército sírio afirmaram que o ditador decolou do aeroporto de Damasco neste domingo. A fuga acontecia em meio a tomada da capital pelos insurgentes. De acordo com dados do site Flightradar, a aeronave de seu suposto voo, inicialmente partiu em direção à região costeira da Síria, um reduto da seita alauíta de Assad, fez uma curva fechada, após, voou na direção oposta por alguns minutos e desapareceu do mapa.
Duas fontes sírias disseram a agência de notícias britânica que havia uma probabilidade muito alta de que Assad tenha morrido em um acidente neste avião. A justificativa era o mistério pelo qual o avião fez uma curva em U e desapareceu do mapa, de acordo com dados do site Flightradar.
"Ele desapareceu do radar, possivelmente o transponder [dispositivo que transmite dados da aeronave para o controle aéreo] foi desligado, mas acredito que a maior probabilidade é que a aeronave tenha sido abatida...", disse uma das fontes síria a Reuters.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia confirmou, em nota, a informação de que o ditador deixou o país. O órgão não deu mais detalhes sobre aonde Bashar se encontra, ou como ele fugiu. O comunicado acrescenta pedidos em relação a transferência de poder.
"Como resultado das negociações entre B. Assad e vários participantes do conflito armado no território da República Árabe Síria, ele decidiu renunciar à presidência e deixou o país, dando instruções para uma transferência pacífica de poder", disse o ministério.
De acordo com o "The New York Times", a última pessoa a falar com Bashar foi o primeiro-ministro da Síria, Mohammad Ghazi al-Jalali. Ele diz que conversou por telefone com o, então presidente no último sábado (7), mas desde então, não conseguiu mais entrar em contato.
A medida que os rebeldes iam ganhando força, crescia o boato de que Bashar poderia buscar refúgio em Moscou ou no Irã, segundo a Reuters. Entretanto, ainda não existe uma confirmação oficial de seu paradeiro.
