O presidente da Síria, Bashar Assad, disse ao secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, que as operações militares em seu país foram encerradas, embora ativistas tenham afirmado nesta quinta-feira que as forças de segurança mataram 18 pessoas em todo o país e que um intenso tiroteio teve início na cidade costeira de Latakia.
Em Nova York, Ban conversou com Assad e exigiu o fim imediato das operações militares e prisões em massa, segundo comunicado divulgado na noite de quinta-feira pela ONU. Em resposta, Assad disse que as operações militares e policiais haviam sido encerradas, diz o documento.
"Nós esperamos que as notícias sejam verdadeiras", disse o presidente da Organização Síria para os Direitos Humanos, Muhannad al-Hassani, ao ser perguntado sobre a declaração de Assad. "A situação continua difícil."
O Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres, e os Comitês de Coordenação Locais, grupo que documenta os protestos contra o regime, afirmaram que as forças de segurança mataram nove pessoas na noite de quarta-feira na cidade de Homs, região central do país, depois de um grupo de muçulmanos ter participado de orações especiais em razão do mês sagrado do Ramadã.
Al-Hassani disse que as ações também mataram nove pessoas em outras partes da Síria na quarta-feira que, somadas às mortes em Homs, eleva o número de assassinatos na quarta-feira para 18.
Rami Abdul-Rahman, que preside o observatório, disse que a maior parte das regiões sírias estavam calmas nesta quinta-feira, exceto pelo tiroteio no bairro de al-Ramel, na cidade mediterrânea de Latakia. A cidade é alvo de um ataque militar desde sábado que deixou pelo menos 37 mortos e fez com que milhares de pessoas fugissem de suas casas.
Um ativista de Homs disse à Associated Press que houve intensos tiroteios durante toda noite até o amanhecer desta quinta-feira. Ele acrescentou que além dos tiros de metralhadora, pelo menos duas explosões foram ouvidas. "Nós não dormimos na noite passada. O presidente disse que a operação foi encerrada, mas 20 pessoas foram mortas ontem", disse o morador da cidade, que falou em condição de anonimato por temer represálias. "As forças de segurança invadiram os bairros e detiveram dezenas de pessoas."
O ativista disse que várias pessoas ficaram feridas na quarta-feira, quando forças de segurança abriram fogo contra a mesquita de Fatima, no subúrbio de Waer, em Homs, quando ela estava cheia de fiéis. As informações são da Associated Press.
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