O presidente sírio Bashar Assad disse que as nações ocidentais vão sofrer as consequências pelo que ele classificou como apoio a militantes da Al Qaeda na guerra civil do país.
"O Ocidente pagou muito para financiar a Al Qaeda em seus estágios iniciais no Afeganistão. Hoje está apoiando-a na Síria, na Líbia e em outros lugares, e vai pagar um preço muito alto mais tarde, no coração da Europa e dos Estados Unidos", disse ele.
A entrevista foi feita pela rede de televisão Al Ikhbariya, favorável ao regime de Assad. O programa irá ao ar mais tarde hoje, mas trechos das declarações de Assad já foram divulgados na página do canal no Facebook.
"Não existe outra opção senão a vitória, pois o contrário significaria o fim da Síria, e acho que o povo sírio não aceitaria essa opção", disse também o ditador.
As declarações de Assad marcam uma data cívica na Síria, 17 de abril, que marca o fim da presença francesa no país, em 1946.
O governante ainda aproveitou para criticar a vizinha Jordânia, por seu alinhamento com o Ocidente e os rebeldes: "Não posso crer que centenas [de rebeldes] entrem com suas armas na Síria [pela fronteira jordaniana] enquanto a Jordânia é capaz de deter uma única pessoa que leve uma arma pessoal que queria ir à Palestina [Cisjordânia] resistir contra Israel", afirmou.