Presidente diz rejeitar diálogo com "fantoche" da oposição
Reuters
Bashar al-Assad anunciou o que ele descreveu como um plano de paz no domingo, chamando para uma conferência de reconciliação com "aqueles que não traíram a Síria", que será seguido pela formação de um novo governo e uma anistia.
"O primeiro estágio de uma solução política exigiria que as potências regionais parem de financiar e armar (a oposição), o fim das operações terroristas e o controle das fronteiras", disse ele em um discurso em Damasco, o primeiro em meses.
"Nós não vamos ter um diálogo com um fantoche feito pelo Ocidente", disse ele.
O presidente sírio, Bashar al Assad, ratificou neste domingo que sua missão é somente "defender a Síria de seus inimigos", no conflito que definiu como algo "nunca visto" na região.
Em seu primeiro discurso à nação em cinco meses, Assad afirmou que por trás das milícias rebeldes está a ideologia da rede terrorista internacional Al Qaeda e ressaltou que existe um plano exterior para fragmentar o país.
Mas "a Síria é mais forte que seus inimigos e lhes dará uma lição", afirmou o líder na Opera House de Damasco diante de um público que cantou seu nome e o ovacionou diversas vezes.
Neste contexto, agradeceu à China, Rússia e o Irã por manterem-se firmes e "lutar contra a ingerência" dos países ocidentais e árabes que, para o líder, participam do "complô internacional" contra a Síria.
"Estamos em uma situação de guerra, em todo o significado da palavra, contra um inimigo exterior", reiterou antes de ressaltar que "defender o país é uma opção legítima e legal".
Assad defendeu novamente a resposta militar contra os "terroristas", já que em sua opinião "os que falam apenas de uma solução política para o conflito ou são ignorantes ou utilizam a mesma linguagem que os criminosos".
No mesmo tom, acusou os insurgentes de não serem opositores mas "terroristas" que atendem a interesses estrangeiros, o que transforma a guerra em "um conflito externo e uma ocupação política".
"Manteremos diálogo com qualquer um que discorde enquanto seus princípios estiverem baseados no patriotismo e não quiserem vender o país a seus inimigos", acrescentou.
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