Ataque aéreo mata quatro pessoas em escola
Pelo menos nove pessoas morreram ontem em um ataque aéreo que atingiu a uma escola de ensino médio de Raqqa, cidade controlada por rebeldes no leste da Síria. A informação é do grupo opositor Observatório Sírio de Direitos Humanos, sediado em Londres.
Segundo os ativistas, a instituição de ensino foi atingida em meio a uma série de bombardeios feitos pelo regime de Bashar al-Assad para tentar retomar o controle da região. Eles dizem que outras quatro pessoas morreram e mais 30 ficaram feridas na cidade, a maioria em estado grave.
Uma série de vídeos de ativistas publicados na internet mostram pelo menos nove corpos que eles dizem estar em uma parte da escola destruída. A autenticidade dos vídeos não pôde ser verificada. A imprensa estatal também não comentou sobre a ação em Raqqa.
Todas as informações sobre a Síria não podem ser verificadas de forma independente devido às restrições impostas pelo regime de Bashar al-Assad e por alguns grupos rebeldes à entrada de jornalistas e organizações internacionais.
Mais de 100 mil pessoas já foram mortas no conflito da Síria, que começou como uma revolta pacífica em março de 2011.
Inspetores
Ontem, os inspetores da ONU começaram seu trabalho na periferia de Damasco para buscar novos vestígios de ataques químicos. A nova missão foi iniciada na quinta e tem a intenção de investigar sete locais em que oposição e regime afirmam que foi usado gás venenoso. Durante a sua atual missão, os especialistas "receberam vários documentos e amostras e realizaram várias entrevistas", segundo a ONU, que acrescentou em um comunicado que a equipe deve concluir seus trabalhos hoje.
O ditador da Síria, Bashar al-Assad, prometeu respeito aos acordos da Organização das Nações Unidas (ONU) para entregar as armas químicas do país à comunidade internacional. A declaração foi feita em entrevista exibida ontem pela emissora italiana RaiNews24.
Os comentários de Assad foram veiculados dois dias após o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotar uma resolução que exige a entrega das armas químicas na Síria, proposta por Rússia e Estados Unidos. A medida, no entanto, não ameaça Damasco com uma ação militar automática caso descumpra o acordo.
Questionado se seu país se adequaria à decisão, o ditador respondeu que sim e disse que o apoio à resolução mostra a intenção síria de se desfazer de suas armas de destruição em massa.
"Nós nos juntamos ao acordo contra a aquisição e o uso de armas químicas mesmo antes de essa resolução ser aprovada. Vamos respeitá-la e nossa história demonstra que sempre respeitamos nossa assinatura em todos os tratados que firmamos."
Ele voltou a dizer que deseja discutir uma solução política na Síria desde que os rebeldes abram mão de suas armas. E afirmou que poderia sair do cargo, mas não no atual momento do conflito. "Se sair do meu cargo ajudasse a melhorar a situação, não teria problemas, mas agora tenho que seguir no meu posto. No meio de uma tempestade não se pode abandonar o barco", disse. "Sinceramente, a maioria dos países europeus não tem a capacidade de desempenhar um papel em uma conferência de paz, já que não possui o que se necessita para ter sucesso nesse papel."
Assad, no entanto, não fez menção a nenhum país específico. Dos integrantes da União Europeia, Reino Unido e França são os que se envolveram ativamente na crise síria, em especial por pertencerem ao Conselho de Segurança da ONU. Tanto Londres como Paris são críticos do ditador e apoiam abertamente os rebeldes.
Por outro lado, o ditador considerou positiva a aproximação entre o aliado Irã e os Estados Unidos e vê a colaboração como uma forma de dar fim a conflitos no Oriente Médio.
"Se os americanos forem sinceros em sua aproximação com o Irã, os resultados serão positivos no que diz respeito à crise síria e todas as crises na região."
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