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O Alto Tribunal Constitucional da Síria anunciou neste sábado (10) a lista definitiva de candidatos para as eleições presidenciais de 3 de junho, que confirmou as candidaturas do líder Bashar al Assad, o deputado Maher Abdel Hafez Hayar e o ex-ministro Hassan Abdullah al Nouri.

O porta-voz da corte, Mayed Jadara, explicou em entrevista coletiva que aceitaram essas três candidaturas e que a campanha eleitoral começa amanhã, domingo.

Os aspirantes que disputarão a presidência com Assad são Hayar, membro da oposição tolerada, e o ex-ministro Al Nouri, segundo o divulgado pela agência oficial síria, "Sana".

No dia 4 deste mês, o tribunal já havia anunciado os nomes desses três candidatos, mas nestes dias os aspirantes rechaçados podiam recorrer da decisão da corte.

Vinte e quatro pessoas apresentaram suas candidaturas à presidência, mas apenas as que contavam com o apoio de pelo menos 35 dos 250 deputados do parlamento - que poderiam votar em somente um candidato - foram validadas.

Apesar de no final apenas três terem passado pelo crivo, esta será a primeira vez em décadas que as presidenciais sírias contam com a participação de mais de um candidato.

Assad (Damasco, 1965), que está no cargo desde julho de 2000 e enfrenta uma guerra civil desde março de 2011, postulou no final de abril concorrer a um terceiro mandato.

Al Nouri, nascido em 1960, foi ministro de Estado para o Desenvolvimento da Administração Pública e de Assuntos Parlamentares entre 2000 e 2002, além de deputado de 1998 até 2003.

Hayar (Aleppo, 1968) fundou em 2003 com outros dirigentes esquerdistas o Comitê Nacional Comunista da Síria e foi um de seus líderes, até que a formação mudou seu nome para Partido da Vontade Popular, do qual se tornou secretário-geral do conselho executivo.

O grupo é um dos integrantes da Frente Popular para a Mudança e a Libertação (FPCL), um dos principais agrupamentos da oposição tolerada pelas autoridades e que tem cadeiras no parlamento.

A nova lei eleitoral, aprovada em março, estabelece que os candidatos devem ter pelo menos 40 anos, ter nacionalidade síria e ser filhos de pais sírios, além de não ter antecedentes criminais e não estarem casados com estrangeiros.

A legislação estipula, além disso, que os políticos precisam ter morado na Síria durante dez anos consecutivos contando da data de registro como candidatos e que não podem ter uma segunda nacionalidade.

Esses dois requisitos tornam difícil a participação de grande parte dos opositores, que estão exilados e rejeitaram a convocação de eleições durante a guerra atual, que, em três anos, deixou mais de 150 mil mortos.

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