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Revolta árabe

Assad marca referendo para nova Constituição

Soldados sírios vigiam a cidade de Harasta, ao norte de Damasco: clima de guerra | Louai Beshara/AFP
Soldados sírios vigiam a cidade de Harasta, ao norte de Damasco: clima de guerra (Foto: Louai Beshara/AFP)

O ditador Bashar Assad convocou ontem um referendo sobre a nova Constituição do país, que será realizado no próximo dia 26, de acordo com a televisão es­­tatal. A proposta provocou a reação dos Estados Unidos, que consideraram o chamado "ridículo".

"[A proposta] é realmente ri­­dícula e uma brincadeira com a re­­volução síria", afirmou o porta-voz da Casa Branca, Jay Car­­ner.

A carta magna a ser votada nos próximos dias prevê o mul­­tipartidarismo, entre outras me­­didas de mudanças no regime. Também convoca eleições parlamentares em 90 dias, o que deve acontecer no final de maio caso o texto seja aprovado.

De acordo com informações de fontes do governo sírio, a co­­missão redatora teria limitado o mandato dos próximos presiden­­tes em dois períodos de sete anos. A medida não especifica se a re­­forma valeria para Assad, que termina seu mandato em 2014.

Em 10 de janeiro, Assad havia anunciado que o plebiscito para a nova Constituição aconteceria em março.

Armas

Além das críticas ao plebiscito, os EUA demonstraram preocupação com o destino que teriam os depósitos de armas químicas e de mísseis portáteis caso o ar­­mamento fosse encontrado.

O cenário é parecido com o da Líbia, onde o regime de Muamar Kadafi tinha disponível um gran­­de arsenal de gás mostarda, mas, segundo diplomatas, está em "situação muito mais difícil".

"Se há uma mudança de regime na Síria, é muito importante em que condições será realizada essa transição, se de forma caótica ou organizada", afirmou Tho­­mas Countryman, secretário de Estado para a segurança internacional.

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