O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou neste domingo (5) que o ditador sírio Bashar al-Assad, a quem ele chama de "assassino", pagará "um preço muito alto" pelo que tem feito em seu país.

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"Bashar Assad, juro diante de Deus, que você pagará por tudo isso", insistiu o premiê turco em um dos ataques mais pesados ao presidente sírio.

"Você pagará um preço muito, muito alto pela coragem demonstrada diante de um bebê em seu berço, mas a incapacidade de demonstrá-la diante de outros", vociferou o dirigente turco aos parlamentares de seu país.

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"Se Deus quiser, veremos este assassino receber o julgamento (que merece) neste mundo. E nós iremos rezar por isso", prosseguiu Erdogan.

As declarações do primeiro-ministro foram feitas durante uma reunião de seu partido AKP na província de Ankara, após o anúncio do bombardeio aéreo por Israel contra um complexo militar sírio, próximo de Damasco. Segundo fontes israelenses, o centro abrigava armas do Irã destinadas ao Hizbollah libanês, um aliado da Síria.

De acordo com as mesmas fontes, o Estado hebreu também atingiu, quinta-feira à noite, um depósito de armas no aeroporto de Damasco.

Críticas

Ancara já havia criticado o regime sírio em fevereiro, após a confirmação implícita de Israel de um ataque aéreo contra um complexo militar perto de Damasco.

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Na ocasião, o ministro turco das Relações Exteriores, Ahmet Davutoglu, ironizou o Exército sírio que, segundo ele, se mostrou incapaz de responder aos ataques de Israel, seu inimigo jurado. A Turquia rompeu suas relações com a Síria após exigir em várias ocasiões que o regime de Damasco negociasse uma solução para o conflito que já dura três anos e que fez mais de 70.000 mortos.

Desde então, a Turquia expressou seu apoio à oposição síria e acolheu quase 400.000 refugiados, assim como desertores do Exército de Bashar Al-Assad. A Turquia também convidou a comunidade internacional a se envolver na busca por uma solução para o conflito.