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Moradores de Damasco acordaram com duas grandes explosões neste domingo (20), em meio a relatos não confirmados de que um grande prédio do governista Partido Baath havia sido atingido por granadas propelidas por foguete.

Testemunhas disseram que o prédio parecia intacto e não notaram significativo reforço de segurança no local. Enquanto isso, o presidente da Síria, Bashar Assad, afirmou que continuará a perseguir os "militantes", que, segundo ele, massacram sírios diariamente.

"O papel do governo é lutar contra esses militantes a fim de restaurar a estabilidade e proteger os civis", afirmou ele em entrevista ao Sunday Times publicada neste domingo. "Nós temos de evitar que militantes façam o que estão fazendo agora, matando civis, fazendo massacres em diferentes partes da Síria."

O levante contra Assad tornou-se mais violento e militarizado nas últimas semanas. Dissidentes do Exército que apoiaram os manifestantes também se tornaram mais duros, lutando contra as forças do regime e até atacando bases militares. O grupo de soldados dissidentes Exército Sírio Livre atacou durante a semana um prédio da inteligência militar em um subúrbio de Damasco.

Caso confirmado o suposto ataque à sede do Baath em Damasco, seria a primeira ação importante contra uma força oficial no centro da capital síria.

A rede de ativistas Comitês de Coordenação Local e vários moradores informaram sobre várias explosões no distrito de Mazraa, no centro da capital. Em comunicado, os comitês disseram que o prédio foi atingido no início do domingo por várias granadas propelidas por foguete. Segundo o grupo, não havia mais detalhes disponíveis. Moradores na capital ouviram duas grandes explosões, mas não podiam confirmar se o prédio havia sido atingido.

O jornalista sediado em Damasco Thabet Salem, que vive a um quilômetro da sede do Baath, disse que, se as versões forem confirmadas, isso significaria uma nova fase no levante sírio. "Seria uma escalada que dá uma nova dimensão a toda a situação", afirmou ele.

As Nações Unidas afirmam que mais de 3.500 pessoas foram mortas pela repressão na Síria, iniciada em meados de março. Assad, na entrevista, disse que 800 membros das forças de segurança e funcionário sírios foram mortos. O presidente lamentou as mortes mas disse que a solução era eliminar os militantes, que segundo o governo recebem ordens do exterior para isolar e enfraquecer a Síria.

"O conflito continuará e a pressão para subjugar a Síria também continuará", afirmou Assad. Porém eu garanto a vocês que a Síria não irá se curvar e continuará a resistir à pressão imposta a ela." As informações são da Associated Press.

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