Homens armados com rifles AK-47 mataram duas mulheres a tiros durante o roubo de um veículo da embaixada dos Estados Unidos na periferia de Nairóbi, neste sábado. A polícia matou dois dos assaltantes em tiroteio durante a perseguição que se seguiu.
O porta-voz da polícia Gideon Kibunjah disse que dois policiais foram atingidos e ficaram feridos durante a perseguição ao carro roubado na principal avenida da capital do Quênia, apelidada acidamente de "Nairoberry'' (''Nairoubo'') pelos seus moradores.
Assaltantes dirigindo um carro roubado pararam em frente ao veículo preto com placa da embaixada dos EUA e ordenaram que seus cinco ocupantes saíssem, disse ele.
- Havia uma pessoa que estava dirigindo e uma senhora de idade que levou tempo demais para sair do veículo, e os assaltantes atiraram e jogaram os corpos na rua - disse Kibunjah. - As duas foram declaradas mortas na chegada ao hospital.
Este é o quarto ataque criminoso em menos de um ano no Quênia contra diplomatas ou suas famílias, e o segundo envolvendo a comunidade diplomática dos EUA.
Um porta-voz da embaixada americana disse que não comentaria o incidente. Em Washington, um membro do Departamento de Estado disse que estava a par do ocorrido, mas ignorava os detalhes.
O assalto a carros é comum em Nairóbi, principalmente durante a noite, quando os ladrões colocam bloqueios nas ruas e roubam carteiras, celulares e carros.
Em setembro, um membro da embaixada dos EUA foi morto com um tiro no peito. No mês anterior, o embaixador russo foi esfaqueado quando estava na rua, ajudando seu neto doente. Um diplomata dinamarquês teve seu olho arrancado em outro assalto.
VISITA TRÁGICA
Imagens de televisão mostraram três pessoas brancas - um senhor idoso, um adolescente e uma mulher - ao lado de dois corpos cobertos.
"Eles mataram minha irmã e minha mãe,'' disse a mulher.
Um queniano, identificado por locais como o religioso Humphrey Mwaura Ruhang'a, chorava junto aos corpos das vítimas.
''Eles vieram me visitar''.
O motorista do primeiro veículo roubado foi encontrado na cena, com mãos e pés atados, na traseira do veículo, junto a batatas caídas de um saco.
"Eles me pegaram quando eu estava saindo de minhas preces - disse o homem, que se identificou como um pastor local.
Logo depois dos assassinatos, os assaltantes abandonaram o veículo diplomático, com suas placas facilmente identificáveis. Kibunjah disse que era um Toyota Land Cruiser Prado, um veículo utilitário esportivo de luxo muito visado por ladrões de carros no país do leste da África.
A polícia não prendeu ninguém, mas dois AK-47s foram recuperados, disse Kibunjah.
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