O fundador do Wikileaks, Julian Assange, afirmou neste domingo (19) que a polícia britânica tentou entrar na embaixada do Equador em Londres na quarta-feira passada, mas desistiu diante da presença de seus simpatizantes e da imprensa.
Da sacada da embaixada, onde se encontra refugiado, Assange agradeceu à imprensa e os presentes por terem atuado como "os olhos do mundo".
"Escutei uma equipe de policiais que entrou através da saída de emergência, mas eles sabiam que existiriam testemunhas", disse Assange, para quem graças à presença da imprensa "o mundo estava olhando" para o que ocorre na embaixada.
"Se o Reino Unido não jogou fora a Convenção de Viena é porque o mundo estava olhando", disse.
Assange agradeceu o Equador, a quem chamou de "valente país sul-americano", e ao presidente Rafael Correa por terem concedido asilo diplomático para ele.
O fundador do Wikileaks pediu ainda ao presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, que "faça o certo" e se comprometa diante do mundo para que não ocorra uma perseguição contra ele.
Os EUA devem desistir de sua "caça às bruxas" ao Wikileaks e deve prometer que não vai processar os empregados e simpatizantes do portal, pediu o ativista australiano.
Assange também pediu a libertação do soldado americano Bradley Manning, preso por vazar segredos militares, e disse que o militar é um "herói" e "exemplo para todos nós".