CIDADE DO MÉXICO - Acostumado com seqüestradores e pistoleiros, a capital do México agora teme outro tipo de criminoso: um serial-killer que se veste com roupas de mulher para espancar e estrangular velhinhas.
A polícia acredita que uma única pessoa é responsável pelos assassinatos de quatro idosas na cidade só este ano, e pode ter cometido mais 37 homicídios desde 2003.
Três das quatro vítimas tinham cópias da pintura "Menino de Colete Vermelho", do artista francês do século XVIII Jean-Baptiste Greuze, mas os promotores acham que isso deve ser apenas uma coincidência.
O assassino, apelidado de "mata velhinhas", é ou uma mulher forte e alta, ou um homem que se veste de mulher e fala como uma mulher para conseguir entrar na casa de suas vítimas e matá-las com objetos domésticos.
- É um criminoso agindo sozinho, (alguém) muito cuidadoso, brilhantemente esperto e que age com muita habilidade, ganhando a confiança das pessoas idosas - disse o promotor-chefe da cidade, Bernardo Batiz, a jornalistas na segunda-feira.
O assassino leva troféus das cenas de crime.
- Uma das razões que nos fazem crer que se trata de um serial killer é que eles levam itens como um anel ou uma estátua religiosa, das casas das vítimas como um troféu -disse o criminologista Miguel Ontiveros, que está na investigação.
Nos quatro casos que a polícia acredita estarem relacionados, as vítimas foram estranguladas por meias-calas, uma cordão de cortina ou um fio de telefone depois que elas abriram as portas para o assassino. Os detetives acham que o psicopata pode ter se passado por uma médica ou enfermeira.
Os investigadores suspeitam que o assassino tenha matado até 15 senhoras.
- Estamos procurando por uma agulha em um palheiro gigantesco, mas vamos encontrá-la - disse Batiz.
O assassino pode estar se tornando mais desleixado e a polícia acredita ter suas impressões digitais.
Testemunhas viram uma mulher grande vestida com uma blusa vermelha, ou um homem vestido de mulher, deixando o apartamento da viúva Guadalupe Oliveira, de 85 anos, por volta da hora que ela foi estrangulada e espancada no bairro de Tlatelolco.
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