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Assembleia Constituinte se reúne pela primeira vez na Venezuela

Sob pressão interna e externa, Assembleia Constituinte se reúne pela primeira vez na Venezuela | JUAN BARRETO/AFP
Sob pressão interna e externa, Assembleia Constituinte se reúne pela primeira vez na Venezuela (Foto: JUAN BARRETO/AFP)

 Os membros da Assembleia Constituinte da Venezuela tomaram posse e se reuniram pela primeira vez nesta sexta-feira (4), após a votação para a escolha dos integrantes do órgão no último domingo (30). Em sua primeira decisão, a ex-ministra das Relações Exteriores Delcy Rodríguez foi eleita como presidente da Assembleia Constituinte. 

A nomeação foi feita pelo líder do partido socialista, Diosdado Cabello, e aprovada unanimemente pelos 545 delegados. Rodríguez é um nome entre os aliados próximos do presidente Nicolás Maduro que deixaram seus cargos para participar da Assembleia Constituinte, que terá amplos poderes para reformar instituições. 

A oposição não reconhece a eleição de domingo e diz que a Constituinte foi lançada por Maduro apenas para retirar poder da Assembleia Nacional, dominada pelos oposicionistas, e para perseguir quem é contra o governo. 

Prisão domiciliar

Nesta sexta, um dos opositores do governo de Maduro, o ex-prefeito de Caracas, Antonio Ledezma, foi colocado novamente em prisão domiciliar após ter sido levado pelo serviço de inteligência do país na última terça (1º). Ele e Leopoldo López cumpriam prisão domiciliar, mas ambos foram levados à prisão nesta semana após se pronunciarem contra a votação do domingo para eleger a Assembleia Constituinte.

López segue na prisão.

Asilo

governo do Panamá concedeu asilo político a dois juízes venezuelanos, que entraram na embaixada do país em Caracas nesta semana. Em um comunicado, o Ministério de Relações Exteriores panamenho informou que tomou essa decisão em solidariedade com o povo venezuelano e pediu ao governo de Maduro que detenha as ações da Constituinte e negocie uma saída política.

Crise

A Venezuela vive uma crise econômica e política desde 2014, mas que foi intensificada em abril deste ano. De acordo com o Observatório de Conflitos Sociais Venezuelanos, desde 1º de abril, foram registrados no país 6.729 protestos e 428 saques. Cento e cinquenta e sete pessoas morreram, sendo a maioria civis.

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