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Painéis mostram resultado da votação: resolução recebeu 141 votos a favor, incluindo o do Brasil
Painéis mostram resultado da votação: resolução recebeu 141 votos a favor, incluindo o do Brasil| Foto: EFE/EPA/JUSTIN LANE

Com o apoio de 141 dos 193 países membros, a Assembleia Geral da ONU aprovou nesta quarta-feira (2) uma resolução condenando a invasão da Ucrânia pela Rússia. O texto "deplora" a ofensiva militar e "exige" que a Rússia ponha um fim a ela e retire imediata e incondicionalmente suas tropas do país vizinho.

A resolução não vinculativa recebeu apenas cinco votos contra (Rússia, Belarus, Síria, Coreia do Norte e Eritreia), 35 abstenções e 12 ausências.

O resultado da votação foi recebido com muitos aplausos pela maioria presente na sessão extraordinária da Assembleia Geral, que acontece desde a última segunda-feira (28).

Em resposta a este bloqueio, o Ocidente denunciou na Assembleia Geral - onde nenhum país tem direito a veto, ao contrário do Conselho de Segurança da ONU - as ações da Rússia e, acima de tudo, mostrou seu isolamento no cenário internacional.

Após contínuas negociações nos últimos dias, lideradas por Estados Unidos, países europeus e a própria Ucrânia, a resolução recebeu 141 votos a favor, incluindo o do Brasil.

Entre os 35 países que decidiram se abster estão China, Cuba, Índia e África do Sul, e entre os 12 que não participaram da votação estão Venezuela, Marrocos e Etiópia.

Para ter sucesso, a resolução precisava do apoio de dois terços dos membros votantes.

"O governo russo está cada vez mais sozinho", disse o embaixador da União Europeia na ONU, Olof Skoog, logo após a votação, que ele classificou como "histórica". "A Rússia escolheu a agressão. O mundo escolheu a paz", enfatizou.

Já a representante dos EUA, Linda Thomas-Greenfield, destacou que "hoje o mundo falou com uma voz clara e unida" contra uma guerra "injustificada" e "inaceitável". "Mostramos que a Rússia está isolada e sozinha e que o custo continuará a aumentar até que ela ceda", disse.

O secretário-geral da ONU, António Guterres, declarou que a Assembleia Geral havia enviado uma mensagem "alta e clara: cessar as hostilidades na Ucrânia agora, silenciar as armas agora, abrir as portas para o diálogo e a diplomacia agora".

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