A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) pediu nesta segunda-feira (17) uma trégua nos conflitos do mundo durante a Olimpíada do ano que vem, uma antiga tradição grega retomada nos anos 1990, mas nem sempre honrada pelos membros da organização. Uma resolução patrocinada pela Grã-Bretanha, o país anfitrião dos Jogos, pediu que os Estados membros "observem a Trégua Olímpica, individualmente e coletivamente" do início da Olimpíada em 27 de julho ao encerramento da Paraolimpíada, em 9 de setembro. Os dois eventos ocorrerão em Londres, um em seguida do outro. Na Grécia antiga, onde a Olimpíada teve início, as cidades-estado frequentemente em guerra suspendiam os conflitos durante até três meses para permitir que os atletas viajassem livremente aos Jogos. A ideia de proclamar uma trégua foi retomada em uma resolução da Assembleia Geral em 1993. Ela tem sido reiterada pela comunidade internacional em todas as Olimpíadas desde então, mas nem sempre teve sucesso em fazer parar os conflitos. A Rússia e a Geórgia brigaram pela Ossétia do Sul durante a Olimpíada de Pequim, em agosto de 2008. Em um debate sobre a resolução de segunda-feira, que foi adotada sem uma votação, o embaixador da Rússia na ONU, Vitaly Churkin, uniu-se aos outros diplomatas para saudar o apelo pela paz. A Rússia sediará a Olimpíada de Inverno de 2014 em Sochi. Ao apresentar a resolução, o chefe dos Jogos de Londres, Sebastian Coe, disse que é impossível ignorar "o espectro contínuo dos conflitos ao redor do mundo" e "seria tolo sugerir que o esporte forneça uma resposta completa, uma panacéia para todos os nossos males sociais." "Mas ele pode e de fato nos ajuda a unir comunidades fendidas, a reconstruir a confiança, a redescobrir o autorrespeito e a alimentar os valores no cerne de nossa humanidade comum," afirmou Coe, que recebeu medalhas de ouro no atletismo nas Olimpíadas de 1980 e de 1984. O Rio de Janeiro será a sede dos Jogos Olímpicos de 2016.
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