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A Assembléia Nacional venezuelana acolherá de "braços abertos" uma proposta de reforma constitucional com a qual o presidente Hugo Chávez espera aprofundar sua revolução socialista, disse sua presidente, Cilia Flores, na sexta-feira.

Chávez afirma que deve ser reformada a Constituição aprovada por seus aliados em 1999 e espera incluir no texto a reeleição presidencial indefinida.

``Estaremos esperando com os braços abertos a proposta e a iniciativa que terá o Presidente da República (...) de apresentar uma reforma constitucional'', disse Flores depois de ser ratificada no cargo.

Os 167 deputados, eleitos em 2005 em disputa da qual a oposição se retirou após alegar desconfiança na autoridade eleitoral, são governistas, mas representam 17 partidos políticos que desaparecerão para agrupar-se em um único, a pedido do presidente.

Durante seu discurso, o deputado governista Francisco Ameliach, que assegurou que falava em nome ``do Movimento Quinta República em vias de dissolução'', comentou que quando ocorrer a fusão no Partido Socialista Unitário da Venezuela (PSUV), haverá na Assembléia ``um só bloco'' de opinião''.

Ele afirmou, porém, que as autoridades serão selecionadas através de ``eleições de base'', sem dar detalhes.

O presidente do partido Podemos, que conta com ministros no gabinete, Ismael García, afirmou que faz votos pelo pluralismo dentro da Assembléia e para que se respeitem as tendências e se permita o debate. Ele acrescentou que deve-se escutar a oposição.

Chávez tem advertido que considerará adversários aqueles que se negarem a se integrar ao partido unitário. Além disso, pede a seus partidários que o ajudem a aprofundar sua revolução.

Opositores garantem que apresentarão seu próprio projeto de reforma que encurte o período presidencial de seis para quatro anos e que permita somente uma reeleição.

Nesta sexta-feira, Chávez nomeou seu irmão Adán como novo ministro da Educação e Esportes, em meio a ajustes que está fazendo em sua equipe de governo.

Adán Chávez, irmão mais velho do presidente, era ministro da Secretaria da Presidência e anteriormente foi embaixador de Caracas em Havana.

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