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Japão

Assessor de líder oposicionista é acusado em escândalo

Okubo é acusado de falsificar relatórios de contabilidade para simular uma doação. Partido governou o país na maior parte dos últimos 50 anos | Yoshikazu Tsuno / AFP Photo
Okubo é acusado de falsificar relatórios de contabilidade para simular uma doação. Partido governou o país na maior parte dos últimos 50 anos (Foto: Yoshikazu Tsuno / AFP Photo)

Promotores acusaram um graduado assessor de um líder oposicionista do Japão nesta terça-feira (24), em um caso que envolve doações políticas. O parlamentar afirmou, porém, que permanecerá à frente do partido e continua almejando tornar-se o próximo primeiro-ministro do país.Ichiro Ozawa, presidente do Partido Democrático do Japão, disse ainda acreditar que seu auxiliar não desobedeceu nenhuma regra, mas se desculpou pela preocupação gerada pelo escândalo. Ozawa não está entre os investigados no caso, que segundo ele tem motivação política.

O escândalo é visto como um grande revés para o principal partido oposicionista do Japão, que tem ótimos índices nas pesquisas e é visto por muitos como capaz de encerrar o longo domínio do Partido Liberal Democrático (PLD) nas próximas eleições gerais. O PLD tem governado o país na maior parte dos últimos 50 anos.

Os promotores acusaram Okubo por violar as regulações para doações políticas. Ele é suspeito de falsificar relatórios de contabilidade, para simular que uma doação de 35 milhões de ienes (US$ 360 mil) de uma construtora para uma organização de arrecadação de fundos do chefe parecesse ter vindo de diferentes organizações políticas.

Okubo, de 47 anos, é contador-chefe da organização de captação de fundos de Ozawa, a Rikuzankai. Os promotores afirmam que Okubo aceitou as doações ilegais da Nishimatsu Construction, entre 2003 e 2006, e depois encobriu as transações. As doações políticas de corporações para parlamentares estão proibidas pela lei japonesa.

Okubo foi preso no dia 3, junto com um ex-presidente da construtora, também acusado nesta terça-feira. Parlamentares da situação têm aproveitado o escândalo para ganhar capital político, ainda que vários membros do PLD também sejam suspeitos de irregularidades.

Apesar do escândalo, Ozawa ainda lidera as pesquisas contra o atual primeiro-ministro, Taro Aso. As informações são da Associated Press.

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