A ofensiva de Israel contra o Hamas na Faixa de Gaza, que já dura 11 dias, é "terrorismo de Estado" e se segue a um histórico de descumprimento de resoluções da ONU contra o país no que se refere à questão palestina, afirmou em entrevista ao "Valor" o assessor especial da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, elevando o tom da reação brasileira ao ataque de Israel ao grupo radical islâmico. Garcia diz que a crítica ao governo israelense não deve ser vista como oposição a Israel, país que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva quer visitar este ano.
"Israel é intocável, mas o governo de Israel não pode permitir que isso seja uma justificativa para qualquer tipo de ação", afirmou Garcia, que acrescentou não querer favorecer nenhum dos lados no conflito, mas buscar uma alternativa aceitável para a paz na região, destacando que o governo brasileiro tem sido enfático em condenar as ações terroristas contra o Estado de Israel e o anti-sionismo.
Mais moderado, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, criticou a perda de vidas humanas e o uso "desproporcional" de força na ofensiva israelense contra os palestinos. Em conversa telefônica na segunda-feira com a ministra de Relações Exteriores israelense, Tzipi Livni, Amorim defendeu a um cessar-fogo imediato e sugeriu o envio de uma missão observadora.
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