Um importante assessor do presidente eleito dos Estados Unidos, Barack Obama, saiu nesta quarta-feira (17) em defesa do futuro chefe de gabinete da Casa Branca, Rahm Emanuel, que está sendo questionado por ter conversado com o governador de Illinois, Rod Blagojevich, sobre o preenchimento da vaga deixada por Obama no Senado.
Blagojevich foi acusado formalmente sob suspeita de diversos casos de tráfico de influência, o que incluiria negociações para a venda da vaga à qual Obama renunciou depois de eleito presidente, em novembro. Pela lei, cabe ao governador indicar o substituto.
Enquanto isso, a equipe de transição se empenha para distanciar Obama do governador democrata, que resiste aos apelos para renunciar e pode sofrer um processo de impeachment.
O jornal Chicago Sun-Times disse na quarta-feira que Emanuel havia pedido reservadamente ao governo estadual que nomeasse Valerie Jarett, confidente do futuro presidente, para o Senado.
Emanuel, deputado por Illinois e já apontado por Obama como seu chefe de gabinete, teria pedido também que a indicação fosse feita até determinado prazo, segundo o jornal.
David Axelrod, que foi o estrategista eleitoral de Obama, deu uma entrevista à MSNBC manifestando um forte apoio a Emanuel, um dia depois de o presidente eleito recusar-se a responder a uma pergunta sobre o caso, alegando que ele ainda está sob investigação.
"Conheço Rahm...há muito tempo. Trabalhei perto dele. Ele é alguém que eu acho que tem uma enorme integridade e uma capacidade sem paralelo. E acho que temos sorte por tê-lo", disse Axelrod.
"Não tenho preocupações com Rahm. Ele é um patrimônio valiosíssimo para nós, e será um enorme patrimônio para o país, como tem sido no Congresso."
Na semana passada, Obama disse que em poucos dias seus funcionários divulgariam todos os contatos que tivessem sido mantidos com o gabinete de Blagojevich. Na segunda-feira, porém, ele informou que, a pedido de procuradores federais, adiaria a divulgação até a semana que vem.
Obama garante não ter conversado com Blagojevich sobre a vaga no Senado, e disse que eventuais discussões mantidas por subordinados não foram inadequadas.
Numa entrevista coletiva na quarta-feira, Obama disse que era "um pouco frustrante" não poder divulgar imediatamente as informações que prometera. "Houve muita especulação na imprensa que eu adoraria corrigir imediatamente", afirmou.