O assessor especial da Presidência da República para assuntos internacionais, Marco Aurélio Garcia, disse nesta terça-feira (10) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva atenderá a um pedido do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, para que as relações dos Estados Unidos com o país vizinho sejam retomadas.
Lula deve falar sobre o tema com o presidente dos Estados Unidos, Barack Hussein Obama, no próximo sábado (14), quando os dois se encontram na Casa Branca, em Washington.
Chávez vivia em constante conflito diplomático com o governo de George Bush e quer se aproximar da nova administração norte-americana, segundo Garcia. Lula servirá de elo para que os dois países voltem a manter relações.
"O presidente Chávez tem interesse em uma política de aproximação com a nova administração dos Estados Unidos e pediu publicamente que o presidente Lula o fizesse e nós vamos fazer e vamos fazer porque ele pediu. Nós julgamos que isso é bom porque uma melhor convivência entre países como Estados Unidos e Venezuela é boa para todos", explicou.
Cuba
Garcia disse que não há a mesma determinação em relação a Cuba, porque os cubanos não pediram para que o Brasil seja um mediador das relações norte-americanas com a ilha de Fidel Castro.
Contudo, o assessor salientou que, se o assunto vier à tona no meio da conversa entre os dois presidentes no próximo sábado, Lula vai explicar a posição do Brasil em relação ao tema.
"Nem os Estados Unidos nos pediram nada a respeito e nem Cuba nos pediu. Se o tema vier à tona obviamente o presidente não se furtará a repetir o que ele tem dito. E ele tem dito que é importante uma mudança de postura do governo norte-americano em relação a Cuba e uma dessas mudanças pode ser levantar ou atenuar o bloqueio. É isso", disse.
Garcia argumentou que o Brasil só pode fazer o papel de mediação entre os dois países se um deles pelo menos fizer um pedido formal para isso. "Para que haja mediação é preciso que haja demanda nesse sentido", comentou. O assessor também descartou a possibilidade de que os dois presidentes conversem sobre o retorno de Cuba para a Organização dos Estados Americanos (OEA). "Não acredito, acho que é um tema muito específico", explicou.
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