Um dos principais assessores econômicos da Casa Branca, Gary Cohn, divulgou nesta terça (6) sua saída do governo dos EUA -pouco menos de uma semana após o presidente Donald Trump anunciar tarifas de importação sobre o aço e o alumínio.
A partida de Cohn já era esperada: internamente, ele foi um dos nomes que mais se opôs à medida, que entende ser prejudicial ao mercado americano e ao livre comércio.
Na nota que anuncia a saída, Cohn, ex-presidente do banco Goldman Sachs, não toca no tema. Ele afirma que foi uma honra servir ao país e trabalhar em prol de políticas pró-crescimento, e elogia em particular "a histórica aprovação da reforma tributária", votada pelo Congresso em dezembro e que diminuiu o imposto sobre empresas.
"Sou grato ao presidente e desejo a ele grande sucesso no futuro", disse o economista e ex-banqueiro.
Trump retribuiu no mesmo tom e afirmou que Cohn fez um trabalho admirável ao promover a economia americana e que ele é uma pessoa de grande talento.
A saída de Cohn deve diminuir, dentro do governo, o contrapeso à retórica protecionista de Trump - que tem endurecido o discurso contra a China-; à OMC (Organização Mundial do Comércio), que chamou de "catástrofe"; e a acordos comerciais "injustos" com os EUA. A expectativa é que, a partir de agora, o republicano avance em sua agenda de barreiras comerciais.
Antes de anunciar as alíquotas sobre o aço e o alumínio, que devem ser detalhadas nesta semana, o presidente já havia imposto tarifas sobre alguns produtos da China, como máquinas de lavar e painéis solares. Antes, determinou a saída dos EUA da Parceria Transpacífico, que era considerado o maior acordo comercial da história.
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