A democrata Kamala Harris em evento de campanha na Pensilvânia| Foto: EFE/EPA/REBECCA DROKE
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Uma assessora de campanha de Kamala Harris que se concentra nas mudanças climáticas já promoveu a visão antinatalista de que o potencial para destruição ambiental generalizada é um motivo para não ter filhos.

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Camila Thorndike, a diretora de engajamento climático da campanha presidencial de 2024 da vice-presidente Kamala Harris, disse ao Washington Post em 2022 que os medos em relação às mudanças climáticas influenciaram sua hesitação em ter filhos.

“Isso vem em parte de um lugar de amor pelo meu filho hipotético,” ela disse.

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“Eu quero protegê-lo do sofrimento. Não que a vida seja livre de sofrimento, mas... o que acontecerá com as alegrias, a paz e a bondade que me fazem mais feliz por estar viva daqui a 20, 30, 40 anos?” Thorndike, uma veterana do movimento ambientalista de esquerda, juntou-se à campanha de Harris após trabalhar em vários cargos seniores na Rewiring America [Reconfigurando a América, em tradução livre], uma organização sem fins lucrativos focada em clima que promove a eletrificação. A campanha de Harris não respondeu a um pedido de comentário.

A visão antinatalista de Thorndike não é incomum entre ambientalistas jovens e progressistas que acreditam que o planeta enfrentará uma catástrofe ambiental em um futuro próximo. A deputada Alexandria Ocasio-Cortez, rosto do progressismo juvenil, disse em 2019 que é uma “questão legítima” considerar se ter filhos faz sentido diante da natureza das mudanças climáticas.

Uma pesquisa da Ipsos realizada em fevereiro apontou que 9% dos adultos dos EUA com idades entre 18 e 35 anos adiaram ter filhos por causa das mudanças climáticas. Pesquisadores do University College London revisaram 13 estudos e concluíram que preocupações com as mudanças climáticas estão associadas a um menor desejo de ter filhos.

O fenômeno da “ansiedade climática” é tema de vários estudos e artigos de notícias que descrevem o medo existencial que os adolescentes progressistas estão sentindo devido às previsões apocalípticas sobre o clima. Está até se tornando um nicho dentro da psicologia para terapeutas “conscientes do clima” ajudarem as pessoas a lidar com os efeitos negativos na saúde mental causados pelos medos climáticos.

A própria Harris explicou anteriormente a influência que a “ansiedade climática” está tendo sobre os jovens que, de outra forma, gostariam de ter filhos.

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“Você sabe, eu ouvi líderes jovens falarem comigo sobre um termo que eles cunharam, ‘ansiedade climática’, que é o medo do futuro e do desconhecido, se faz sentido até pensar em ter filhos, se faz sentido pensar em aspirar a comprar uma casa, porque como será este clima?” Harris disse no Reading Area Community College [Faculdade Comunitária da Região de Reading] no ano passado.

Com a Pensilvânia em disputa, Harris se manifestou contra uma proibição de fracking, uma mudança de posição desde a última vez em que concorreu à presidência. Sua campanha também afirmou que ela não apoia uma regulamentação para veículos elétricos, política da administração Biden e uma demanda importante do movimento ambientalista. Mas, sua decisão de contratar Thorndike sugere que ela continuará receptiva às demandas ambientalistas por ações radicais sobre o clima.

Copyright 2024 National Review. Publicado com permissão. Original em inglês: Harris Campaign Aide Hesitant to Have Children Due to Climate Change