Bussaina Shaaban, principal assessora pessoal do presidente sírio, Bashar Assad, esteve secretamente em São Paulo, no Rio e em Buenos Aires, no fim de novembro. Não cumpriu nenhuma agenda oficial, nem com o governo brasileiro, nem com os diplomatas sírios, nem com as entidades que representam a comunidade síria no Brasil. Ela conversou com grandes empresários sírios no Brasil sobre a possibilidade de transferir pessoas e grandes quantidades de dinheiro da Síria para cá.
A missão secreta de Bussaina coincide com a notícia, publicada pelo jornal israelense Haaretz, de que o vice-chanceler sírio, Faiçal Mekdad, esteve na semana retrasada em Cuba, Venezuela e Equador, averiguando a possibilidade de Assad exilar-se em um desses países.
Duas fontes, uma de oposição e outra favorável ao regime, confirmaram ao Grupo Estado a vinda secreta de Bussaina. De acordo com a fonte que apoia Assad, a assessora do presidente veio fazer tratamento médico em São Paulo. O que não explicaria por que ela esteve também no Rio e em Buenos Aires.
Os movimentos de Assad e aliados na direção de uma fuga da Síria coincidem com avanços do Exército Sírio Livre (ESL) sem precedentes em 21 meses de rebelião na Síria, que resultam numa asfixia econômica do governo e num cerco militar das forças leais. Segundo um economista sírio, resta a Assad apenas US$ 1 bilhão em reservas em moeda forte - ante US$ 22 bilhões, no início do conflito. Esse último bilhão poderia ser gasto em seu esforço de salvar a própria pele.
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