A Casa Branca foi engolida por um novo caos após alegações de que Donald Trump revelou informações confidenciais a autoridades russas, provocando cenas bizarras como auxiliares ligando a televisão para abafar gritos entre seus principais assessores.
Dezenas de repórteres lotaram o corredor do lado de fora do escritório do porta-voz Sean Spicer após o “Washington Post” publicar uma reportagem revelando as conversas de Trump com o chanceler russo, Sergey Lavrov, e o embaixador Sergey Kislyak. Mas o silêncio tomava conta de assessores de imprensa enquanto jornalistas pediam mais informações, e TVs na área de imprensa noticiavam a história — apenas alguns dias após a polêmica demissão do diretor do FBI, James Comey.
“É o último lugar no mundo onde eu gostaria de estar”, disse o conselheiro de Segurança Nacional, H.R. McMaster, tropeçando no meio da multidão de jornalistas na Ala Oeste.
Ele foi enviado para dar um pronunciamento de 45 segundos, sem responder às perguntas de repórteres. Enquanto isso, o criador do site Breitbart, Steve Bannon, o diretor de Comunicações da Casa Branca, Michael Dubke, Spicer e a vice-secretária de Imprensa, Sarah Sanders, realizavam uma reunião de emergência.
Um dos correspondentes do BuzzFeed na Casa Branca, Adrian Carrasquillo, revelou que jornalistas no corredor poderiam ouvir “gritos vindos da sala onde os funcionários estavam”. Minutos depois, TVs foram ligadas, em alto volume numa aparente tentativa de disfarçar o barulho. Por volta das 19h30m, Sarah apareceu para anunciar que funcionários da Casa Branca não iriam responder mais nenhuma pergunta naquela noite.
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Uma série de pequenos comunicados foi divulgada negando a história, incluindo um do secretário de Estado, Rex Tillerson, que dizia que Trump havia discutido operações de contraterrorismo com Lavrov, mas afirmando que “eles não falaram sobre fontes, métodos ou operações militares”.
“Esta história é falsa. O presidente discutiu apenas as ameaças comuns que ambos os países enfrentam”, disse Dina Powell, vice-conselheira de Segurança Nacional.
Nenhuma das afirmações negava especificamente que Trump havia revelado informações confidenciais, o que provocou acusações de que os assessores estavam “jogando com as palavras”. Eles também se recusaram a responder perguntas específicas, incluindo uma que questionava justamente se o “Washington Post” estava errado.
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O Ministério do Exterior russo rejeitou todas as alegações, que classificou como “notícias falsas”.
Na semana passada, meios de comunicação americanos foram barrados no encontro entre Trump, Lavrov e o Kislyak, embora um fotógrafo russo tenha conseguido permissão para entrar na Casa Branca, depois de aparentemente ter mentido sobre sua função, o que provocou mais temores da segurança.
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