Associação Mundial de Jornais (WAN, sigla em inglês) alertou hoje para o perigo da erosão do trabalho jornalístico possibilitada pelas medidas antiterroristas adotadas após os últimos atentados.
"Todas essas medidas podem erodir seriamente a capacidade dos jornalistas de investigar e de pôr o público a par com exatidão e espírito crítico e, conseqüentemente, solapar a aptidão da imprensa para informar", afirmou o diretor-geral de WAN, Timothy Balding.
Segundo o organismo, que reúne 18 mil jornais de todo o mundo, "os grandes atentados terroristas e as ameaças contra países em nível mundial levaram a um aumento amplamente generalizado das medidas de segurança e de vigilância" que "freqüentemente são usadas para sufocar os debates, as liberdades individuais e as da imprensa".
A WAN insistirá nesse assunto no Dia da Liberdade de Imprensa, que será celebrado em 3 de maio.
"Equilibrar os interesses às vezes conflituosos entre a segurança e a liberdade pode ser difícil, mas as democracias têm a responsabilidade absoluta de usar um conjunto rigoroso de critérios que permitam julgar se os freios à liberdade podem ser justificados por questões de segurança", assinalou Balding.