Um dos principais militantes associados da Al Qaeda exortou os egípcios a pegarem as armas contra o seu exército, dizendo que a forte repressão aos manifestantes islâmicos mostrou que os métodos pacíficos são inúteis, de acordo com uma declaração postada na internet neste sábado.
Dezenas de soldados egípcios foram mortos em uma série de ataques por supostos militantes islâmicos - principalmente na península do Sinai, no Egito - desde que o presidente islamista Mohamed Mursi foi deposto no mês passado.
A irmandade Muçulmana de Mursi renunciou à violência há décadas e nega qualquer ligação com os militantes, inclusive aqueles no Sinai, que se fortaleceram desde que o presidente Hosni Mubarak foi forçado a renunciar em 2011.
"Não há nada mais certo na religião de Deus (Islã) do que aqueles que falam da infidelidade, de repudiar o Islã e do abandono da religião, e clamam pela necessidade de lutar contra esses exércitos, principalmente o exército egípcio", disse Abu Mohammed al-Adnani, porta-voz do País Islâmico do Iraque e do Levante (ISIL) de acordo com a gravação árabe.
"O exército egípcio é parte e uma mera cópia desses exércitos que estão procurando, num esforço mortal, evitar que as leis de Deus sejam adotadas e estão se esforçando para consagrar os princípios do secularismo e das leis feitas pelo homem", disse.
A crescente insegurança no Sinai preocupa os EUA porque a região fica perto de Israel e da Faixa de Gaza, governada pelo Hamas, bem como do Canal de Suez.
Adnani atacou a Irmandade e o partido salafista al-Nour, dizendo que eles foram cooptados para a não violência e para o que ele chamou de abordagem secular fútil, ao poder através das eleições e da democracia, que segundo ele deixaram os membros da Irmandade Muçulmana presos, mortos ou foragidos.
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