Astrônomos estão se preparando para observar o asteroide Apophis, que passará esta quarta-feira (9) a cerca de 14,45 milhões de quilômetros da Terra, e voltará a aparecer por perto daqui nos próximos anos, com uma possibilidade - considerada extremamente remota - de atingir nosso planeta em 2036.
No final de 2012 e início deste ano, tem sido possível observar o Apophis usando equipamentos ópticos e radares. Espera-se que os dados coletados por pesquisadores até agora poderiam possibilidade uma melhoria significativa em nosso entendimento da órbita do asteroide, assim como destruir qualquer possibilidade de um impacto com a Terra no dia 13 de abril de 2036.
Se isso realmente acontecer, o Apophis, que tem um diâmetro de 300 metros, causaria uma explosão 100 mil vezes mais poderosa do que a provocada pela bomba atômica de Hiroshima.
Não há, porém, com o que se preocupar. Para os astrônomos, o Apophis é mais uma curiosidade do que uma ameaça. Em uma entrevista em 2010 para o site EarthSay, David Helfand, ex-diretor do Departamento de Astronomia da Universidade de Columbia, assegurou que o risco do Apophis atingir da Terra é "essencialmente zero".
O asteoide foi descoberto em 2004. Na ocasião, os astrônomos calcularam que havia uma possibilidade muito pequena (cerca de 2,7%) de que ele atingiria a Terra em 2029. A probabilidade do impacto foi rapidamente descartada, para, pouco depois, ser substituída por outra, que seria em 2036. Acreditava-se que as chances de que o Apophis atingisse nosso planeta neste ano fosse de uma em 45 mil.
Em outubro de 2009, porém, as estatísticas foram novamente atualizadas, e a possibilidade do impacto foi novamente reduzida. Hoje, ela seria de uma em 250 mil. Como as chances são muito pequenas, é isso que Helfand e seus colegas chamam de "essencialmente zero". Agora, com os estudos que são conduzidos com esta passagem do Apophis, espera-se que a probabilidade chegue a "absolutamente zero".