São Paulo Com a exclusão de Plutão da lista de planetas clássicos, surge a pergunta: Que impacto essa novidade exerce sobre a astrologia? "Na verdade, é bem provável que nada mude. A astrologia faz uma análise do movimento dos corpos no céu e Plutão vai continuar se movimentando e influenciando nossas vidas", disse a astróloga Rosa Di Maulo.
"Plutão, que rege o signo de Escorpião, foi incorporado à astrologia depois de anos de estudo porque descobriu-se que seu movimento tinha relação aos acontecimentos do planeta Terra, e é isso basicamente o que estudamos", ensina Rosa.
"Quando Plutão foi visto pela primeira vez, acontecia por aqui a explosão da primeira bomba atômica, então associou-se o (então) planeta a essa energia", completou ela.
Se a saída de Plutão da lista principal de planetas provavelmente não vai acarretar grandes mudanças no plano astral, a promoção de Xena e Ceres a planetas anões pode acabar com anos de espera. Rosa explica: "Temos 12 signos zodiacais e dez astros que correspondem a eles. Assim, dois planetas se repetem: Gêmeos e Virgem são regidos por Mercúrio e Libra e Touro por Vênus. Sempre esperou-se a descoberta de novos corpos." Além de Xena e Ceres, os astrólogos poderiam contar com Charon para obter 12 "planetas", um para cada signo.
Algum palpite? "Eu não sei, ainda é cedo para arriscar algo, os corpos vão ser analisados", disse a astróloga, acrescentando que o assunto ainda não está sendo muito discutido entre seus colegas de trabalho.
Sem dúvida, a descoberta é relevante e deve criar debates sobre como ficarão as previsões astrológicas. Quem se apóia nas previsões astrológicas, no entanto, não tem com o que se preocupar, uma vez que a mudança na nomenclatura não altera o comportamento dos astros.