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A astronauta norte-americana Lisa Nowak teve acesso a tórridos emails trocados entre seu amante e a nova namorada dele, e levou cópias consigo na longa viagem que fez para tirar satisfações da rival, segundo documentos judiciais divulgados na terça-feira por promotores.

Nowak, 43 anos, se declarou inocente das acusações de tentativa de sequestro, roubo e lesão corporal, relativas ao incidente que a levou a ser presa, no aeroporto de Orlando (Flórida), em fevereiro.

``Muito amor a caminho de você (...) e beijos, e um grande enorme gigante abraço com minhas pernas em volta de você'', escreveu a capitão da Força Aérea dos EUA Colleen Shipman ao também astronauta Bill Oefelein em 8 de janeiro.

``Você realmente deve me ter em seus dedos para que eu não possa nem funcionar sem você aqui, e com você aqui eu fico ligeiramente mais esperto que uma lesma'', respondeu Oefelein, 42 anos, que admitiu ter mantido por cerca de três anos um relacionamento ``algo exclusivo'' com Nowak, que era casada, até conhecer Shipman, em novembro.

Ele disse, segundo documentos entregues ao tribunal, que contou em meados de janeiro a Nowak que estava apaixonado por Shipman, com quem gostaria de ficar. ``Ela pareceu um pouco desapontada, mas pareceu aceitar'', disse Oefelein, segundo em seu depoimento.

Shipman, que vive em Cabo Canaveral, disse em seu depoimento à polícia que recentemente o astronauta a havia chamado de ``Lisa'' uma noite na cama. Nowak teria decidido viajar de Houston, onde vive, até o aeroporto de Orlando, onde sabia que a rival desembarcaria, ao saber que Shipman havia passado o fim de semana anterior no apartamento de Oefelein em Houston.

Nowak se disfarçou com peruca e casaco e colocou fraldas para não ter de parar durante a viagem. Na bagagem, levava um rifle de pressão, uma faca de dez centímetros, uma mangueira de borracha e spray de pimenta.

Shipman disse que Nowak a seguiu até o carro, tentou abrir a porta e jogou o spray pimenta na janela.

Nowak disse à polícia que só queria conversar com Shipman sobre Oefelein. O inquérito policial diz que Nowak esperou para abordar Shipman no estacionamento deserto do aeroporto.

A astronauta não está presa, mas tem de usar um mecanismo de monitoramento que avisará às autoridades se ela voltar à Flórida.

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