Moscou A espaçonave Soyuz TMA-8 fez ontem à noite sua aproximação final à Estação Espacial Internacional (EEI). Com isso, passou a acompanhar exatamente a velocidade da EEI, que é de 27,6 mil quilômetros por hora. A acoplagem aconteceria na madrugada de hoje.
É agora que a chamada Missão Centenário, nome dado ao esforço de enviar o astronauta brasileiro Marcos Pontes ao espaço, deve começar para valer. Os cinco tripulantes da EEI precisam dividir o tempo entre as tarefas e a aventura espacial. Pela velocidade em que a estação viaja, é possível ver o sol nascer 15 vezes ao dia, a cada uma hora e meia.
Ontem, o dia não foi dos mais agitados. Os três tripulantes da Soyuz, Pontes, mais o russo Pavel Vinogradov e o americano Jeffrey Williams, precisariam esperar cerca de três horas, após a atracação (que é feita manualmente por Vinogradov), para entrar na EEI. Esse período é necessário para que se possa checar se a atracação foi realmente bem-sucedida e para equalizar a pressão atmosférica dos dois lados da escotilha o da estação e o da Soyuz.
Ao desembarcar na EEI, o trio seria recebido com abraços dos colegas que já estão a bordo o americano William MacArthur e o russo Valery Tokarev. É uma velha tradição espacial nas estações. Nos próximos dias, MacArthur deve transferir o comando da estação para Vinogradov. O complexo está ocupado permanentemente desde 2000 um recorde.
E a expectativa é grande especificamente para a tripulação que acaba de chegar, pois eles terão de preparar o complexo para o próximo vôo do ônibus espacial Discovery, marcado para julho. A nave levará o alemão Thomas Reiter, que também se tornará tripulante fixo da EEI. Com isso, pela primeira vez desde o acidente do Columbia, em fevereiro de 2003, a estação terá três pessoas o tempo todo a bordo fator essencial para a realização de pesquisas científicas.
A maior parte do trabalho por ora será o de descarregar tudo que foi levado pela Soyuz. Da parte do astronauta brasileiro, são cerca de 15 quilos de materiais. A maior parte disso diz respeito aos oito experimentos nacionais que ele fará a bordo. Na volta, o peso da bagagem terá que ser reduzido. Pontes deve trazer apenas os resultados dos experimentos. O restante do material deve ficar na EEI. Se não puder ser aproveitado, se tornará lixo espacial.
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