Astrônomos localizaram a mais antiga galáxia já vista, e estimam que ela tenha surgido apenas 600 milhões de anos após o Big Bang.
Em artigo publicado na quarta-feira na revista Nature, uma equipe europeia confirma que a mancha distante, observada pela primeira vez pelo telescópio espacial Hubble, é o mais distante e, portanto, o mais antigo objeto já visto.
A galáxia recebeu um nome nada glamoroso: UDFy-38135539.
"Relatamos aqui a detecção (...) de fótons emitidos menos de 600 milhões de anos depois do Big Bang", escreveram eles, referindo-se à explosão primordial que deu origem ao universo.
A luz viaja a cerca de 10 trilhões de quilômetros por ano. O ano-luz é uma medida astronômica de distância, e ver um objeto a uma imensa distância mostra como ele era quando a luz começou sua viagem pelo espaço.
Nesse caso, a galáxia começou a emitir luz 13 bilhões de anos atrás, logo depois do Big Bang.
A distância é medida usando o chamado "desvio vermelho", uma espécie de efeito Doppler aplicado à luz. O efeito Doppler é o fenômeno que faz a sirene mudar de timbre quando uma ambulância se aproxima e passa por nós.
Essa galáxia tem um desvio vermelho de 8,55, o que a torna o objeto mais distante e antigo já visto.
Nessa época dos primórdios do universo, uma névoa de gás hidrogênio ocupava tudo, mas a radiação das primeiras galáxias provocava um processo chamado ionização, que alterou a natureza do hidrogênio.
O estudo "representa um salto fundamental adiante na cosmologia observacional", escreveu Michele Trenti, da Universidade do Colorado, Boulder, em um comentário na revista.
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