Paramédicos prestam os primeiros-socorros em vítima num hospital em Multan, no Paquistão| Foto: Stringer / Reuters

Cerca de 24 pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas em um possível ataque suicida perto de uma mesquita xiita na região central do Paquistão, nesta quinta-feira, de acordo com a polícia.

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O ataque na cidade de Dera Ghazi Khan foi o mais recente no Paquistão, que enfrenta uma crescente onda de violência de militantes ligados à Al Qaeda e ao Talibã no noroeste do país.

O possível homem-bomba detonou os explosivos quando uma procissão religiosa xiita passava pela mesquita.

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"A última contagem mostra que 24 estão mortos", disse à Reuters o chefe de polícia Chaudhry Maqsood Ahmed.

Mais cedo, Jawed Mehmood Bhatti, autoridade do distrito, disse que as vítimas incluíam quatro crianças e duas mulheres.

"De acordo com testemunhas, nada foi lançado do lado de fora. Parece que alguém estava aguardando para se explodir quando a procissão se aproximasse", disse Bhatti.

Testemunhas disseram que a explosão causou estragos na mesquita e em prédios vizinhos.

Este é o período anual em que muçulmanos xiitas celebram 40 dias de luto pelo Imã Hussein, neto do profeta Maomé, morto durante uma batalha pela cidade iraquiana de Kerbala, no século 7.

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Religiosos xiitas participam de procissões nas ruas e batem em suas costas para lamentar a morte de Hussein. Radicais sunitas consideram tais rituais anti-islâmicos.

Os xiitas são cerca de 20 por cento da população de 160 milhões de pessoas do Paquistão, de maioria sunita.

Os dois grupos convivem pacificamente, mas milhares de pessoas morreram em assassinatos e ataques a bomba de grupos militantes nas últimas duas décadas.

Uma onda de ataques a bomba e suicidas aumentaram preocupações sobre a estabilidade do país, que possui armas nucleares e que é aliado dos Estados Unidos na guerra contra militantes da Al Qaeda e do Taleban, entrincheirados nas fronteira noroeste com o Afeganistão.

Nesta quinta-feira, seis soldados ficaram feridos quando uma bomba explodiu enquanto um comboio militar passava por uma estrada da região tribal de Mohmand, na fronteira afegã.

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