Quatro fuzileiros navais americanos morreram ontem após um atirador abrir fogo em dois centros militares em Chattanooga, no estado do Tennessee. O atirador, identificado como Muhammad Youssef Abdulazeez, um kuwaitiano naturalizado americano, foi morto por militares.
As autoridades descreveram os atos como terrorismo interno e revelaram que uma mensagem publicada no Twitter fez referência ao ataque. Três pessoas ficaram feridas e a segurança foi reforçada em prédios federais, centros militares e em vários pontos, como a Times Square, em Nova York.
Os ataques começaram às 10h45 (horário local) contra o centro de recrutamento em Lee Highway e terminaram meia hora depois no Centro de Suporte de Operações da Marinha, na Amnicola Highway, a dez quilômetros de distância e onde ocorreram as mortes. Segundo as autoridades, o agressor tinha várias armas e mais de 25 tiros foram disparados. Escolas, lojas e restaurantes foram fechados.
As redes CBS e NBC citaram duas fontes que identificaram o suspeito como Abdulazeez, de 24 anos. Segundo testemunhas, ele atirou do próprio carro.
Recado no Twitter
Onze horas antes do ataque, uma conta no Twitter que seria ligada ao grupo radical Estado Islâmico (EI) publicou: “Cães americanos. Em breve vocês verão maravilhas. #Chattanooga #USA #ISIS”, com a foto de Jihadi John, o jihadista britânico responsável pela execução de reféns estrangeiros do grupo extremista.
Abdulazeez trabalhava como agente de segurança do Departamento de Obras Públicas de Chattanooga, informou a CBS. Seu pai era engenheiro e o jovem estudou nos Estados Unidos. O kuwaitiano naturalizado havia sido preso em abril deste ano, sob a acusação de dirigir sob influência de substâncias químicas, em Hamilton County, no Tennessee. Ele vivia em Hixson, perto de Chattanooga.
“Ele era amigável, engraçado e gentil”, disse Kagan Wagner, ex-colega de ensino médio de Abdulazeez na Red Bank High School. “Nunca imaginei que poderia ser ele”.
“Estamos tratando isso como um ato de terrorismo doméstico”, disse o procurador para o Distrito Leste do Tennessee, Bill Killian, acrescentando que ainda não há nenhuma informação oficial sobre a natureza do crime. Durante a tarde a polícia revistou a casa de Abdulazeez e levou duas mulheres ao local. As autoridades não revelaram quem são elas, nem o que foi encontrado na residência.