Um grupo de homens-bomba invadiu um conselho provincial na cidade de Kandahar, no sul do Afeganistão, provocando a morte de 11 pessoas na quarta-feira, disse o Ministério do Interior.
Um militante suicida explodiu-se no portão do edifício, matando o vigia, enquanto outros três conseguiram entrar no prédio e começaram a atirar nas pessoas, de acordo com um comunicado do Ministério do Interior na capital Cabul.
Policiais chegaram rapidamente ao complexo e mataram a tiros dois dos militantes que carregavam explosivos. Mas um terceiro conseguiu detonar os artefatos que levava junto ao corpo, de acordo com o comunicado.
"Como resultado desta explosão, sete civis e três policiais foram martirizados", disse o Ministério do Interior.
O chefe do setor de educação de Kandahar e o número dois do departamento de saúde estão entre os mortos, segundo Ahmad Wali Karzai, chefe do conselho e irmão do presidente Hamid Karzai.
Os agressores estavam vestidos com uniformes do Exército afegão, de acordo com testemunhas. O ataque deixou também 16 feridos, incluindo membros do conselho.
Um comandante do Taliban, Mullah Hayat Khan, disse à Reuters que o grupo islâmico está por trás dos ataques e acrescentou que "nosso objetivo foi infligir o maior número de perdas na polícia e nas forças de segurança afegãs".
A violência chegou a seu nível mais sangrento desde que uma invasão liderada pelos EUA em 2001 derrubou o regime do Taliban, levantando temores de que o Afeganistão possa cair no caos apesar do aumento da presença de tropas no país.
Mais cedo, o Ministério do Interior havia anunciado que forças afegãs mataram 30 militantes do Taliban, incluindo um comandante local, em uma operação na cidade de Helmand, na terça-feira.
Em um comunicado, o ministério informou que outros 20 militantes foram feridos na operação. A nota não esclareceu se a polícia ou as forças lideradas pelos EUA sofreram baixas nem deu mais detalhes.
O ataque em Helmand ocorreu um dia depois que um número similar de insurgentes foi morto em uma operação conjunta na província de Uruzgan, ainda de acordo com o ministério.
O Taliban não comentou nenhum dos dois incidentes. O grupo normalmente nega informações sobre baixas entre seus militantes, dizendo tratar-se de propaganda.