Um ataque de dezenas de mísseis do Hezbollah à cidade israelense de Haifa deixou um saldo de pelo menos oito mortos e dezenas de feridos. Este é o ataque mais letal do grupo radical libanês desde que começaram os confrontos com Israel há cinco dias. Haifa, que fica no norte de Israel, tem cerca de 275 mil habitantes e abriga a Universidade de Haifa, projetada pelo arquiteto brasileiro Oscar Niemeyer.

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Neste ataque todos os mortos eram trabalhadores de uma garagem da rede ferroviária israelense, onde as composições recebiam manutenção. Outras 26 pessoas ficaram feridas, seis delas em estado grave. Como conseqüência, a rede ferroviária cancelou todas as viagens de trens para o norte do país, com o sistema funcionando somente até a cidade de Binyamina, que fica ao sul de Haifa.

A situação ficou mais tensa depois que o governo da Síria anunciou que responderá, caso seja atacada por Israel, causando "perdas inimagináveis".

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Ontem, o conflito entre Israel e o Hezbollah chegou ao seu quinto dia, logo depois que as Nações Unidas fracassaram em chegar a um acordo pedindo o cessar fogo na região.

Em outra região, cinco corpos de civis foram retirados dos escombros de duas casas destruídas no sul do Líbano por ataque israelense, e outras 12 pessoas continuavam soterradas no local, de acordo com equipes de resgate. Aviões israelenses bombardearam duas casas em Aabba, perto de Nabatiyeh, 70 quilômetros ao sudeste de Beirute, enterrando sob os escombros 17 pessoas de duas famílias.

As operações de resgate são muito complicadas por causa do prosseguimento dos bombardeios israelenses na região e dos meios limitados das equipes de salvamento.

Navios atracados no porto de Haifa partiram para alto-mar para escapar de possíveis ataques de foguetes Katyusha.

Trégua

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O primeiro-ministro italiano está agindo como mediador na crise do Oriente Médio.

A Itália começou a fazer a mediação entre Israel e o Líbano para encerrar a crise que começou há cinco dias, depois da captura de dois soldados israelenses.

O ministro da informação libanês, Ghazi al-Aridi, afirmou que Israel exigiu que o Hezbollah se retire da região sul do Líbano e liberte os dois soldados israelenses que estão em seu poder e que recue até o norte do rio Litani (principal provedor de água para o sul do Líbano).

O ministro disse que as exigências foram reveladas pelo primeiro-ministro italiano, Romano Prodi, em conversa com o premiê libanês, Fouad Siniora.

O ministro Al-Aridi voltou a pedir um cessar-fogo completo, repetindo um pedido do próprio Siniora feito no sábado.

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Segundo al-Aridi, a ofensiva israelense estava colocando o povo libanês em risco de ser "aniquilado".