Pelo menos 15 pessoas morreram e outras 46 ficaram feridas neste sábado após um ataque com artilharia contra a cidade de Mariupol, no leste da Ucrânia, informou o Ministério do Interior ucraniano.
Segundo dados atualizados do governo ucraniano, 15 pessoas morreram e outras "46 ficaram feridas, entre eles uma menina de 12 anos" no ataque contra a cidade, a segunda mais importante da região de Donetsk, transformada em seu capital provisório e leal às autoridades de Kiev.
O secretário do Conselho de Segurança Nacional e Defesa (CSND) da Ucrânia, Alexander Turchinov, culpou "os militares russos e os milicianos" pelo ataque.
Ao mesmo tempo, Turchinov descartou que a cidade, habitada por cerca de meio milhão de pessoas, corra risco de ser invadida pelos separatistas.
"A cidade de Mariupol conta com uma defesa segura de nossos militares contra as ofensivas do agressor", assinalou um comunicado de Turchinov publicado no site do "CSND".
Os projéteis de artilharia impactaram nesta manhã em pelo menos três bairros residenciais da cidade, onde os disparos incendiaram carros e danificaram vários imóveis, entre eles um mercado.
Até agora, o porto de Mariupol, nas margens do mar de Azov, praticamente tinha se livrado dos estragos do conflito armado que explodiu em meados de ano passado no leste da Ucrânia, salvo alguns incidentes isolados.
Os separatistas da autoproclamada República Popular de Donetsk (RPD) negaram a autoria do ataque e responsabilizaram as forças ucranianas pela tragédia.
"A canhonada contra as zonas residenciais de Mariupol é uma provocação. O Exército da RPD não disparou hoje com sua artilharia nessa direção", disse à agência russa "Interfax" um porta-voz das milícias rebeldes.
O líder da RPD, Aleksandr Zakharchenko, que ontem anunciava o início de uma ampla ofensiva contra as forças de Kiev até conquistar toda a região, descartou no entanto que Mariupol seja por enquanto um alvo prioritário para os rebeldes.
Sepultada já a trégua entre os dois bandos enfrentados que regia desde de dezembro, as hostilidades continuam ao longo de toda a frente nas regiões ucranianas de Donetsk e Lugansk, rebeladas contra Kiev após a derrocada em fevereiro do ex-presidente Viktor Yanukovich.
Três civis morreram e outros seis ficaram feridos nas últimas 24 horas na região de Donetsk, segundo o 'número dois' do chamado Estado-Maior da RPD, Eduard Basurin.
Basurin assegurou que as tropas ucranianas dispararam sua artilharia contra as cidades de Gorlovka e Makeyevka, enquanto os combates mais duros ocorrem junto a Peski e Avdeyevka, próximas ao aeroporto de Donetsk que as forças de Kiev deixaram esta semana após 262 dias de resistência.
O conflito entre Kiev e os separatistas vive uma escalada sem precedentes desde a assinatura do acordos de Minsk em setembro, agravada pela morte há dois dias de pelo menos oito civis após um ataque com artilharia contra um parada de ônibus em Donetsk.
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