Depois do ano de relativa calma que se seguiu à ofensiva israelense contra o Hamas na faixa de Gaza, a temperatura começa a subir novamente na região. Três palestinos foram mortos ontem em um ataque aéreo israelense, quando estavam numa área de Gaza usada para disparar foguetes contra Israel.
Foi o segundo ataque do tipo em dois dias: na sexta, três palestinos morreram da mesma forma após foguetes atingirem Israel. Segundo o governo israelense, mais de 20 artefatos foram disparados na última semana.
"Nossa política é muito clara: responderemos a qualquer disparo contra o nosso território", disse o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, que assumiu o governo em março de 2009, dois meses após os ataques israelenses que deixaram 1,4 mil mortos em Gaza.
Na reunião do gabinete, foi ainda anunciada uma nova medida de segurança: Israel irá construir uma barreira na fronteira com o Egito para conter infiltrações do deserto do Sinai.
Embora a divisa da faixa de Gaza com o Egito, que fica no norte do Sinai, cause a Israel preocupações relacionadas ao terrorismo, o objetivo principal da nova barreira, que ocupará apenas parte da fronteira, é impedir a entrada de migrantes ilegais.
Nos últimos anos, milhares de africanos se aproveitaram da porosidade da fronteira para penetrar no território israelense, em busca de subsistência no mercado de trabalho clandestino, a maioria em construção ou na agricultura.