Um ataque aéreo do Exército nigeriano contra um suposto grupo de terroristas no estado de Kaduna, localizado no norte do país, matou “acidentalmente” pelo menos 85 civis que participavam de uma festa religiosa na noite de domingo (3), informaram as autoridades locais nesta terça-feira (5).
O ataque aéreo deveria ter sido direcionado contra o suposto grupo terrorista armado que frequentemente ataca e sequestra pessoas na região norte, mas acabou atingindo a localidade de Tudun Biri, onde centenas de pessoas celebravam uma festa sobre o nascimento do profeta Maomé, segundo a Agência Nacional de Gestão de Emergências da Nigéria (NEMA).
Entre os mortos, há crianças, mulheres e idosos, de acordo com a NEMA, que também registrou 66 feridos, alguns deles estão em estado grave neste momento. A ONG Anistia Internacional, que elevou o número de vítimas para 120, pediu uma investigação do incidente e a responsabilização dos culpados.
O presidente da Nigéria, Bola Tinubu, expressou sua “solidariedade às vítimas” e ordenou uma “investigação exaustiva sobre o ocorrido”, que classificou como "infeliz, perturbador e doloroso". O Exército nigeriano, por sua vez, negou inicialmente que tivesse matado civis inocentes, mas depois “admitiu” o erro e disse que os “terroristas se escondiam entre a população civil”.
A Nigéria enfrenta uma grave crise de segurança, especialmente no norte e no centro do país, onde grupos armados e jihadistas realizam ataques frequentes contra civis e forças de segurança. Apesar das promessas do governo de combater a violência, os ataques se repetem e deixam centenas de mortos e deslocados. (Com Agência EFE)
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