Dois membros do grupo palestino Jihad Islamiya morreram na noite de terça-feira (22) em um ataque da aviação israelense em Gaza, informaram fontes do hospital palestino Kamal Odwan.
Segundo as fontes, Ahmad al Zaanin, 21, e seu primo Mohammed al Zaanin, 23, morreram depois que o carro no qual se deslocavam pela cidade de Beit Hanoun, no norte da Faixa de Gaza, foi atingido por um projétil lançado do ar.
Em comunicado enviado nesta madrugada, o exército israelense confirmou ter atacado e morto "um terrorista envolvido em recentes ataques com foguetes contra Israel".
Zaanin é acusado por Israel de ser uma figura de destaque na Frente Popular para a Libertação da Palestina e de participar do lançamento de foguetes durante o enterro do general Ariel Sharon, morto há dez dias.
Esta é a segunda ação destas características realizada pelo exército israelense desde que há 14 meses lançou uma operação militar em massa sobre Gaza.
No domingo passado, a aviação israelense disparou contra uma motocicleta que transitava pelo norte da Faixa de Gaza e na qual viajava Ahmad Saad, 21, também membro do grupo palestino Jihad Islamiya.
Horas antes, aviões de combate F-16 tinham bombardeado supostas posições paramilitares no centro e sul de Gaza em represália a uma série de foguetes lançados em direção ao território israelense e que não causaram vítimas.
A permanente atmosfera de tensão vivida na fronteira entre Israel e Gaza aumentou nas últimas três semanas devido ao disparo de cerca de 20 projéteis e os ataques aéreos israelenses como resposta.
O governo israelense atribui o aumento da atividade armada a uma suposta fraqueza do movimento islamita Hamas, que controla a Faixa de Gaza, o que teria permitido que outros grupos aumentassem sua atividade armada.
Na segunda-feira, o Hamas anunciou que decidiu reforçar sua presença militar nas principais vias de acesso à fronteira com Israel com o objetivo de amenizar a tensão acumulada.
Um porta-voz do grupo, Islam Shahwan, explicou que o "objetivo é prevenir a ação individual sobre o terreno", forma indireta de se referir aos gupos mais radicais.
"O que pretendemos é proteger o consenso alcançado de forma unânime com as diferentes facções para manter um cessar-fogo", acrescentou Shahwan.
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