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Um ataque aéreo lançado por Israel destruiu o gabinete do ministro palestino das Relações Exteriores, Mahmoud al-Zahar, nesta quinta-feira, dando sinais de que o Estado judeu continuará com a ofensiva nos territórios palestinos e no Líbano.

Autoridades palestinas da área de segurança disseram que ninguém ficou ferido na investida noturna contra o prédio do Ministério das Relações Exteriores, na cidade de Gaza.

O ataque aconteceu em meio à campanha militar, iniciada por Israel depois de extremista palestinos palestinos terem capturado um soldado israelense e em meio a foguetes disparados pelos palestinos contra o território do Estado judeu.

Zahar, um importante líder do movimento Hamas, atualmente no poder pela via das urnas, não estava no prédio no momento do ataque e minimizou a importância da ação. Ele sobreviveu a uma tentativa de assassinato realizada por Israel em 2003, na qual foi morto seu filho mais velho.

- Todos aqui são procurados por Israel, todos são alvos em potencial, todas as casas são um alvo, todas as árvores são um alvo. Esse é o sistema destrutivo montado no que se chama hoje Israel - disse Zahar, ao lado de seu gabinete em destroços.

Na quarta-feira, na Faixa de Gaza, Israel matou ao menos 24 palestinos, entre os quais nove membros de uma família atingidos em um ataque aéreo que destruiu uma casa onde, segundo militares israelenses, reuniam-se líderes do braço armado do Hamas.

Uma porta-voz do Exército de Israel descreveu Zahar como sendo "um dos líderes mais extremistas do Hamas", mas disse que o ataque não pretendia matá-lo.

Para tentar contornar a crise e dar fim à ocupação, o presidente da Autoridade Nacional Palestina, Mahomoud Abbas, teve nesta quinta-feira um encontro secreto com o chefe da segurança israelense, revelaram fontes palestinas.

O Hamas, que subiu ao poder nos territórios palestinos depois de ter vencido as eleições gerais de janeiro, defende a destruição do Estado judeu.

O ataque aéreo contra o gabinete de Zahar é parte da ofensiva israelense iniciada duas semanas atrás.

Aeronaves de Israel também destruíram os gabinetes do primeiro-ministro e do ministro do Interior, ambos integrantes do Hamas.

O número de palestinos mortos na quarta-feira foi o mais alto dos últimos quase dois anos para um único dia. Até agora, os ataques na Faixa de Gaza mataram pelo menos 80 palestinos, entre os quais dezenas de civis, aumentando as pressões sobre o governo do Hamas, já enfraquecido devido a um corte na ajuda enviada por países ocidentais. Um soldado israelense também morreu nas ações.

Israel retirou seus soldados e seus colonos da Faixa de Gaza em 2005, após mais de 38 anos de ocupação.

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