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Combates

Ataque aéreo paquistanês deixa mais de 70 civis mortos

Mais de 70 civis morreram em um ataque aéreo realizado no fim de semana por jatos do Paquistão perto da fronteira com o Afeganistão, afirmou um funcionário do governo. Testemunhas também confirmaram o ataque.

A declaração do funcionário do governo, que pediu anonimato, é uma rara confirmação de mortes civis. Essas mortes podem reduzir o apoio público aos confrontos com militantes. A fonte oficial disse que o governo já entregou o equivalente a US$ 125 mil em indenizações para os familiares das vítimas, em uma remota vila da área tribal de Khyber.

Um porta-voz do Exército, general Athar Abbas, negou ontem que tenha havido quaisquer mortes de civis no ataque da Aeronáutica paquistanesa. Inicialmente, as vítimas foram identificadas como supostos militantes.

Também hoje, um líder de uma vila afirmou que 13 civis foram mortos por um míssil dos Estados Unidos lançado na noite de ontem no noroeste do país. Funcionários do setor de segurança do Paquistão haviam confirmado quatro militantes mortos nesse ataque.

As Forças Armadas do Paquistão sofrem forte pressão dos EUA para atuar contra o Taleban e a Al-Qaeda no país. As ofensivas no noroeste paquistanês já forçaram mais de 1 milhão de pessoas a deixar suas casas.

Sobreviventes

Dois sobreviventes do ataque paquistanês falaram sobre o ataque, ocorrido na manhã de sábado. Eles estão em um hospital em Peshawar, noroeste do país. Segundo essas fontes, a maioria das vítimas morreu quando tentava resgatar pessoas presas por um ataque anterior. "Esta área não tem nada a ver com militantes", disse Khanan Gul Khan, morador da vila, que visitava um parente no hospital.

Um homem ferido no ataque afirmou que um funcionário de Khyber visitou a área ontem e deu a ele US$ 220 pela perda de quatro de seus parentes, incluindo seu irmão.

Funcionários da inteligência local disseram que um ataque no fim da noite de ontem, perto da cidade de Miran Shah, no Waziristão do Norte, matou quatro supostos militantes. Já Noor Gul, um morador da vila, afirmou que morreram 13 civis, incluindo duas crianças.

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