Um ataque atribuído aos Estados Unidos contra a vila de Gariwan, no Waziristão do Norte, noroeste do Paquistão, matou pelo menos cinco supostos militantes do Taleban nesta sexta, afirmaram dois agentes de inteligência sob condição de anonimato. Um funcionário do governo local, Anayat Ullah, também confirmou o ataque contra a vila e Ahmad Raza, morador da região, disse ter ouvido integrantes do Taleban na área dizendo que cinco de seus companheiros foram mortos.

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Neste ano os EUA lançaram dezenas de ataques com mísseis nas regiões do noroeste paquistanês que fazem fronteira com o Afeganistão. O Waziristão do Norte e o Waziristão do Sul, no cinturão tribal semiautônomo, têm sido alvos frequentes desses ataques por causa da forte presença do Taleban e da Al-Qaeda no local. Os EUA raramente reconhecem ou comentam os ataques, mas muitos defendem a tática, afirmando que seu uso resultou na morte de vários combatentes da milícia fundamentalista islâmica.

Muitos analistas suspeitam que os dois países têm um acordo secreto sobre os ataques com mísseis, embora o Paquistão formalmente proteste, afirmando que eles violam a soberania e provocam raiva entre as tribos nas áreas afetadas. A estabilidade política no Paquistão também tem sido uma fonte de preocupações para os EUA, em razões das tensões entre o líder Nawaz Sharif e o partido do presidente paquistanês Asif Ali Zardari.

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Suprema Corte

Nesta sexta (17) também o principal tribunal paquistanês derrubou a condenação contra Sharif por sequestro referente ao golpe de 1999 contra seu governo. A medida abre caminho para que Sharif possa voltar ao poder. A Suprema Corte definiu que não há evidências que apoiem a condenação anterior a Sharif. O porta-voz de Sharif, Sadiqul Farooq, disse que a decisão torna mais próximo o fim do caso criminal contra o homem que já foi primeiro-ministro duas vezes, abrindo caminho para seu retorno ao governo. Segundo pesquisas recentes, Sharif é o político mais popular do país. "Nós sabíamos que Nawaz Sharif é inocente, mas a decisão judicial também prova que ele foi injustamente condenado", disse Farooq.