Ao menos 12 pessoas morreram ontem em um suposto ataque com vários mísseis com aviões não tripulados atribuídos aos americanos, na região tribal paquistanesa do Waziristão do Norte.
O ataque teria como alvo várias residências situadas a 25 km de Olham Shah, na fronteira com o Afeganistão, reduto dos militantes islâmicos do Taleban aliados da rede terrorista Al- Qaeda, indicaram fontes de segurança do Paquistão.
No momento em que aldeões chegavam ao local do incidente, vários mísseis explodiram e mataram pelo menos 12 pessoas, conforme fontes não identificadas citadas pelo canal de televisão Geo.
Em um primeiro ataque similar ontem, contra uma casa perto de Miranshah, no distrito tribal do Waziristão do Sul, dois milicianos foram mortos.
Os militares norte-americanos não confirmam ataques de aviões não tripulados, mas suas Forças Armadas e a CIA (agência de inteligência americana), que operam no Afeganistão, são as únicas que têm estas aeronaves na região.
Oficialmente, Islamabad nega que autorize os ataques de aviões não tripulados e chegou diversas vezes a criticá-los por ameaçar civis e romper com a soberania nacional. Fontes paquistanesas e dos EUA, contudo, afirmam que existe um consentimento tácito e que os serviços de inteligência dos dois países compartilham informação sobre os alvos.
Os agentes de combate ao terrorismo nos EUA veem nestes ataques uma forma eficiente de combater grupos insurgentes e prejudicar suas operações, sem colocar em risco agentes do país.
Com poucas opções de ferramentas para enfrentar militantes escondidos em áreas tribais remotas e regiões montanhosas, o programa de aviões não tripulados encontra apoio no Congresso e foi significativamente ampliado no governo de Barack Obama.