Moscou - Um carro-bomba pilotado por um suicida atingiu um mercado no centro de Vladikavkaz, uma importante cidade russa do norte do Cáucaso, matando pelo menos 17 pessoas e ferindo cerca de 138. É o pior ataque terrorista na instável região russa em anos, segundo funcionários do governo. O agressor detonou seus explosivos conforme dirigia pela entrada principal do mercado de Vladikavkaz.
O primeiro-ministro da Rússia, Vladimir Putin, culpou extremistas "sem alma e sem corações" pelo ataque. Putin teve uma reunião com o principal líder islâmico na Rússia, que tem uma população estimada de 20 milhões de muçulmanos, e afirmou após o encontro que os muçulmanos do país terão um papel fundamental em conter o extremismo islamita na nação. "Os crimes, como o cometido hoje (ontem) no norte do Cáucaso, têm como objetivo mergulhar nossos cidadãos na inimizade. Nós precisamos evitar isso", declarou Putin em pronunciamento na televisão russa.
O presidente russo, Dmitry Medvedev, mandou seu enviado regional a Vladikavkaz para ajudar na coordenação do socorro às vítimas. Nenhum grupo reivindicou até o momento a autoria do atentado.
O motorista do carro-bomba foi identificado como um morador da vizinha Ingushétia, informou o website Kavkazky Uzel, citando um funcionário russo não identificado. A explosão foi tão forte que o carro-bomba dividiu-se em dois.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, condenou o atentado e disse que o episódio ressalta a resolução de Washington e Moscou em cooperarem juntas contra o terror.