Pelo menos 14 pessoas morreram nesta sexta-feira e mais de 14 ficaram feridas em um ataque com morteiro contra um funeral na região de Al Sana, na província de Al Dalea, localizada a 245 quilômetros ao sul de Sana, informou à Agência Efe uma fonte médica.
O ataque foi feito com um projétil que atingiu uma tenda, situada dentro de uma escola, onde acontecia o funeral de um membro do Movimento Separatista Sulista, que morreu há dois dias em um acidente de trânsito.
Em declaração à Efe, o membro do grupo separatista Khaled Ahmed, acusou as tropas iemenitas pelo ataque, enquanto uma fonte militar da Brigada 33 de Blindados, enviada para Dalea, afirmou que um tanque do exército lançou o projétil por engano.
Além disso, várias testemunhas locais informaram à Efe que a região é palco de confrontos entre combatentes do movimento separatista e tropas militares.
O ataque de hoje aumenta a tensão que eclodiu na sexta-feira passada por causa da morte, no início deste mês, do destacado dirigente tribal local Saad bin Habrish e dois de seus guarda-costas em confrontos com as forças de segurança.
Desde então, mais de dez pessoas morreram, entre elas dois soldados, nesses enfrentamentos entre as forças governamentais e os combatentes tribais, apoiados por separatistas armados.
Ontem, outros dois membros do movimento foram assassinados a tiros na cidade litorânea de Adán, no sul do país.
Na terça-feira passada, morreram também dois civis e sete agentes ficaram feridos em ataques perpetrados por supostos membros do Movimento Sulista contra edifícios governamentais e de segurança na cidade de Atq, na província de Shabua, no sudeste do país.
O Iêmen se unificou pacificamente em 22 de maio de 1990, mas a luta pelo poder entre o antigo presidente Ali Abdullah Saleh e seu vice-presidente Ali Salem al Bid, que voltou a declarar sem sucesso a separação do sul, levou a uma guerra entre as forças dos dois bandos no verão de 1994.
No conflito, as forças do sul perderam para as de Sana e desde então os movimentos separatistas acusam o governo central de discriminar aos cidadãos do sul do país.
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