O ataque desta segunda-feira (14) contra uma das principais estações de ônibus de Abuja, capital da Nigéria, deixou pelo menos 71 pessoas mortas e 124 feridas, e o presidente do país, Goodluck Jonathan, vinculou o ataque à seita islâmica radical Boko Haram.
Ao visitar o local da explosão, Jonathan disse que a ameaça do Boko Haram é um problema "temporário" que o país vai superar. O presidente, no entanto, não acusou diretamente os fundamentalistas como autores do atentado.
O líder pediu que os nigerianos sejam "conscientes" do perigo que representa o grupo radical, que até agora foi muito ativo no norte do país, onde a maior parte da população é muçulmana. Nenhuma organização reivindicou a responsabilidade do ataque até o momento.
O número de mortos pode aumentar devido ao estado grave de alguns feridos, advertiu o porta-voz da polícia nigeriana, Frank Mba, em entrevista coletiva concedida no local da explosão.
Os mortos e os feridos já foram evacuados da estação, onde trabalhadores dos arredores da capital tomam ônibus para ir ao centro da cidade.
Os feridos foram transferidos para vários hospitais da capital nigeriana.
A imprensa local chegou a falar de 200 mortos, segundo relatos de testemunhas.
Há duas semanas, 20 membros da seita islâmica morreram em enfrentamentos contra as forças de segurança quando tentavam escapar de uma prisão em Abuja.
Ataques do Boko Haram deixaram ontem pelo menos 98 mortos em três localidades do norte da Nigéria, no estado de Borno, segundo fontes oficiais.
Os ataques do grupo terrorista no noroeste do país forçaram 250 mil pessoas a fugirem de seus lares neste ano, período em que a organização deixou aproximadamente 700 vítimas fatais.
Desde 2009, quando a polícia matou o líder do Boko Haram, Mohammed Yousef, os radicais mantêm uma sangrenta campanha que já matou mais de três mil pessoas.
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